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Forças Democráticas da Síria "congelam" luta contra o Estado Islâmico

O chefe das Forças Democráticas da Síria (FDS), aliança que derrotou territorialmente o grupo extremista Estado Islâmico (EI) e que é dominada por combatentes curdos, anunciou hoje que "congelou" as operações contra o EI.

Forças Democráticas da Síria "congelam" luta contra o Estado Islâmico
Notícias ao Minuto

20:58 - 16/10/19 por Lusa

Mundo Síria

"Congelámos todas as nossas atividades contra o Daesh (acrónimo árabe do grupo Estado Islâmico)", disse Mazloum Abdi em entrevista ao canal curdo Ronahi.

As FDS farão "apenas operações defensivas contra o Daesh", acrescentou Mazloum Abdi.

As Forças Democráticas da Síria anunciaram, em setembro, ter detido 12.000 membros do EI, referindo que não os podem manter para sempre e alertando que uma eventual invasão turca seria um "desastre".

"Existe um exército de combatentes do EI sob custódia das FDS no nordeste da Síria. Doze mil combatentes perigosos do EI de todo o mundo", indicaram as FDS na ocasião, na sua conta da rede social Twitter.

Em 23 de março, as tropas das FDS tomaram a cidade de Al Baguz, o último bastião do EI na Síria, consumando o fim de uma guerra em que foram tomando localidade a localidade ao grupo liderado por Abu Bakr al Baghdadi até terminar territorialmente o autoproclamado "califado".

Nessa altura, as FDS sublinharam que a "ameaça contínua da invasão turca" as "distrai" das "operações do EI e de vigiar as prisões".

"Se a Turquia invadir, não teremos escolha a não ser dedicarmo-nos a 100% à proteção dos nossos lares e familiares na fronteira da Síria e da Turquia", asseguraram.

A Turquia lançou no dia 9 uma ofensiva militar no nordeste da Síria contra as milícias curdas das Unidades de Proteção Popular (YPG) aliadas dos ocidentais no combate aos 'jihadistas' do grupo Estado Islâmico e consideradas terroristas por Ancara devido à sua ligação ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, guerrilha curda ativa em solo turco).

O objetivo da operação militar de Ancara é criar uma "zona de segurança" de 32 quilómetros de extensão ao longo da fronteira entre a Turquia e Síria para manter as YPG à distância e repatriar uma parte dos 3,6 milhões de refugiados sírios no território turco.

Desde o início da ofensiva já foram mortos 71 civis, 158 combatentes das Forças Democráticas da Sírias (dominadas pelas YPG) e 128 pró-turcos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Ancara indicou a morte de seis soldados, bem como de 20 civis, por tiros de 'rockets' sobre localidades turcas, provenientes da Síria.

A ofensiva de Ancara abre uma nova frente na guerra da Síria que já causou mais de 370.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados desde que foi desencadeada em 2011.

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