França e Alemanha assinam acordo de regras para exportação de armas
França e Alemanha assinaram um acordo sobre regras de exportação de armas desenvolvidas em conjunto pelos dois países, que estiveram no centro de discordâncias nos últimos meses, anunciaram hoje os seus líderes.
© Reuters
Mundo Armas
As exportações de armas têm sido uma fonte de atrito entre a França e a Alemanha, desde que a Alemanha suspendeu a venda de armas para a Arábia Saudita, este ano, na sequência do assassínio do jornalista Jamal Khashoggi, e pediu à França para imitar o gesto em relação a equipamento militar que tinha componentes alemãs.
A França nunca aceitou os argumentos do Governo de Berlim e questionou as regras de imposição de embargos de vendas de armas desenvolvidos pelos dois países, colocando mesmo em risco o futuro de projetos comuns de desenvolvimento de equipamento militar que estão em curso.
Hoje, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, chegaram a um acordo que deverá prevenir futuros desentendimentos sobre as exportações de armas produzidas em conjunto.
"Concluímos um grande acordo, que vincula legalmente a exportação de armas", afirmou Macron, numa conferência de imprensa conjunta, na cidade francesa de Toulouse, referindo-se a um entendimento que abrange programas de produção de equipamento militar (futuros aviões e carros de combate franco-alemães), bem como outros projetos industriais comuns nesta área.
Segundo um comunicado da Presidência francesa, este acordo "sela a confiança mútua entre a França e a Alemanha, e é a condição para o sucesso de projetos conjuntos".
O tratado bilateral já se poderá aplicar a programas como o SCAF ("Future Air Combat System"), para a construção de aviões de combate, e o MGCS, para a construção de um tanque de guerra com a chancela da França e da Alemanha.
Os dois líderes não esclareceram pormenores do acordo, como o que estipula a percentagem de participação na produção de um equipamento, abaixo da qual um país poderá vender armas sem a aprovação da outra parte.
Contudo, o gabinete do ministro das Forças Armadas de França, Florence Parly, disse que "este é um acordo bastante amplo que satisfaz ambas as partes e que, respeitando a soberania dos estados, cria condições favoráveis para projetos de cooperação".
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