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Deputados pró-Pequim criticam "ingerência grosseira" dos EUA

Os deputados pró-Pequim no parlamento de Hong Kong criticaram hoje a "ingerência grosseira" dos Estados Unidos na política do território, num comunicado enviado à agência Lusa.

Deputados pró-Pequim criticam "ingerência grosseira" dos EUA
Notícias ao Minuto

12:16 - 16/10/19 por Lusa

Mundo Hong Kong

Os deputados denunciam o que consideram ser uma "abordagem injusta e preconceituosa" da Câmara dos Representantes norte-americana, que aprovou esta terça-feira três projetos de lei de apoio ao movimento pró-democracia em Hong Kong, responsável por mais de quatro meses de protestos e a partir do qual se exigem reformas no território.

Um dos projetos de lei aprovados na terça-feira pela Câmara dos Representantes condena a ingerência de Pequim nos assuntos de Hong Kong e apoia o direito à liberdade de manifestação.

O segundo, intitulado de 'Hong Kong Human Rights and Democracy Act", implica uma reavaliação anual do estatuto particular que os Estados Unidos concedem a Hong Kong em termos comerciais e que prevê sanções contra os responsáveis chineses.

Os parlamentares avisaram que, a acontecerem, essas sanções resultariam "numa perda para todas as partes envolvidas", já que "Hong Kong sempre teve um relacionamento comercial e económico próximo e mutuamente benéfico com os EUA", lembrando que os norte-americanos em 2018 registaram um excedente comercial na ordem dos 30,8 mil milhões de dólares, o maior entre os seus parceiros económicos.

Os membros do Conselho Legislativo de Hong Kong destacaram ainda o facto de até aqui as empresas norte-americanas usarem Hong Kong como "plataforma de lançamento no acesso ao mercado no interior da China" e frisaram os benefícios mútuos em áreas que passam pelo combate ao branqueamento de capitais, drogas e terrorismo.

Para os deputados, a aprovação dos projetos de lei "não só prejudica o ambiente de negócios de Hong Kong, mas também o relacionamento sino-americano" em todas estas áreas.

Outro projeto de lei aprovado na Câmara dos Representantes proíbe que armas norte-americanas sejam usadas contra os manifestantes pela polícia de Hong Kong.

No comunicado pode ler-se que "os protestos nos últimos quatro meses já causaram danos substanciais a Hong Kong: Um pequeno número de extremistas radicais, sob a falsa pretensão de promoverem a democracia e a liberdade, prejudicou seriamente a ordem pública e causou ameaças significativas à segurança pessoal, aos direitos e interesses legais de outros residentes".

Na mesma nota, conclui-se: "Estamos firmemente convencidos de que esse comportamento destrutivo não seria permitido em nenhuma sociedade civilizada", razão pela qual os deputados apelam a "políticos de outros países (...) que não apoiem aqueles que violam a lei".

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