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Catalunha: Independentistas organizam cinco 'Marchas pela liberdade'

Os movimentos independentistas na Catalunha (Espanha) voltaram hoje a convocar protestos contra a condenação de 12 dos seus dirigentes políticos, tendo anunciado cinco 'Marchas pela liberdade' a partir das principais cidades da região.

Catalunha: Independentistas organizam cinco 'Marchas pela liberdade'
Notícias ao Minuto

10:18 - 16/10/19 por Lusa

Mundo Espanha

As cinco marchas são organizadas pela Assembleia Nacional da Catalunha (ANC, organização cívica independentista), com o apoio do Òmnium Cultural (outra organização cívica independentista), e vão convergir em Barcelona nos próximos três dias.

A esta movimentação também aderiram os autodenominados Comités de Defesa da República (CDR), uma organização da esquerda radical que apelou ao "bloqueio do país [Catalunha] de ponta a ponta".

Este grupo extremista é conhecido pelo apoio a formas de protesto violento, com cortes de autoestradas e vias de caminho-de-ferro, ocorridas nos últimos anos e suspeita-se que são os principais responsáveis pelos distúrbios dos últimos dias.

O Tribunal Supremo espanhol condenou na segunda-feira os principais dirigentes políticos envolvidos na tentativa de independência da Catalunha a penas que vão até um máximo de 13 anos de prisão, no caso do ex-vice-presidente do governo catalão.

Assim que foi conhecida a sentença, grupos de independentistas iniciaram movimentos de protesto em todo o território da comunidade autónoma espanhola mais rica.

O primeiro-ministro do Governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, vai ter reuniões bilaterais ao longo do dia, em Madrid, com os líderes dos três principais partidos da oposição, Partido Popular, Cidadãos e Unidas Podemos.

"Uma minoria está a querer impor a violência na Catalunha e quebrar a convivência. O independentismo tem de condenar com veemência essa violência", segundo um comunicado enviado aos meios de comunicação social.

Madrid sublinha que "é claro" que não se está perante um movimento de cidadãos pacíficos, mas sim por "grupos extremistas que usam a violência nas ruas para acabar com a convivência" naquela região.

Segundo dados provisórios do Governo espanhol, as forças de segurança já detiveram 51 pessoas desde o início dos atos de violência.

Os números dão ainda conta de 72 feridos entre os polícias que tomaram parte nas operações de manutenção da ordem - 54 polícias regionais e 18 nacionais -, mas não fazem referência aos casos entre os manifestantes.

Madrid também informa que em Barcelona os grupos mais violentos fizeram 157 "barricadas com fogueiras" e quatro carrinhas da polícia regional (Mossos d'Esquadra) foram "inutilizadas".

Barcelona tornou-se, na noite de terça-feira, cenário de uma batalha campal entre polícias e manifestantes, que construíram barricadas, queimaram mobiliário urbano e pneus, fizeram fogueiras e atiraram pedras e petardos contra os polícias.

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