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RCA: Minusca retira 14 milicianos de região afetada por confrontos

A Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização na República Centro-Africana (MINUSCA) anunciou hoje a retirada de 14 milicianos da região de Birao, no nordeste do país, devido a confrontos entre grupos armados.

RCA: Minusca retira 14 milicianos de região afetada por confrontos
Notícias ao Minuto

23:53 - 15/10/19 por Lusa

Mundo Minusca

Segundo a Minusca, esta ação faz parte dos esforços para normalizar a situação em Birao, devido aos conflitos entre os grupos armados do Movimento dos Libertadores Centro-Africanos para a Justiça (MLCJ) e da Frente Popular para a Renovação na República Centro-Africana (FPRC).

Os 14 elementos desarmados e retirados da região fazem parte do FPRC, com vários a estarem envolvidos nos combates que ocorreram nos dias 01, 02 e 14 de setembro contra o MLCJ.

"Seis destes combatentes foram deslocados para a região de Bria, enquanto os outros oito restantes são suspeitos de investigações em curso e foram entregues às autoridades judiciais da RCA [República Centro-Africana, após um pedido do Ministério Público à Minusca", refere a missão das Nações Unidas em comunicado.

A Minusca adianta que existem "ameaças inaceitáveis" por parte do FPRC contra os seus elementos, considerando ainda que os confrontos entre os dois grupos armados são "uma violação do Acordo de Paz" celebrado e que devem terminar.

A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas sob a designação anti-Balaka.

O Governo centro-africano controla cerca de um quinto do território. O resto é dividido por mais de 15 milícias que procuram obter dinheiro através de raptos, extorsão, bloqueio de vias de comunicação, recursos minerais (diamantes e ouro, entre outros), roubo de gado e abate de elefantes para venda de marfim.

Um acordo de paz foi assinado em Cartum, capital do Sudão, no início de fevereiro pelo Governo e por 14 grupos armados. Um mês mais tarde, as partes entenderam-se sobre um governo inclusivo, no âmbito do processo de paz.

Portugal está presente na RCA desde o início de 2017, no quadro da MINUSCA, cujo 2.º comandante é o major-general Marcos Serronha, onde está a 6.ª Força Nacional Destacada (FND), e militares na Missão Europeia de Treino Militar-República Centro-Africana, cujo 2.º comandante é o coronel António Grilo.

A 6.ª FND, que tem a função de Força de Reação Rápida, integra 180 militares, na sua maioria Paraquedistas, pertencendo 177 ao Exército e três à Força Aérea.

Na RCA estão também 14 elementos da Polícia de Segurança Pública.

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