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Políticos britânicos manifestam solidariedade com dirigentes condenados

Vários políticos britânicos manifestaram hoje solidariedade com os dirigentes catalães condenados à prisão devido à tentativa de independência e o presidente do parlamento, John Bercow, admitiu receber o ex-presidente do Governo regional catalão Charles Puigdemont.

Políticos britânicos manifestam solidariedade com dirigentes condenados
Notícias ao Minuto

17:35 - 15/10/19 por Lusa

Mundo Catalunha

A deputada do Partido Trabalhista Emily Thornberry, porta-voz para os Negócios Estrangeiros, afirmou hoje no parlamento considerar que as sentenças dos tribunais espanhóis foram "desnecessário, pesado e totalmente contraproducente".

"Numa tentativa de esmagar o movimento de independência da Catalunha, estas sentenças incrivelmente duras deram-se simplesmente combustível. Eles vão servir não apenas para radicalizar o que até agora tem sido um movimento pacífico pela independência, mas para levar muitos catalães que anteriormente não faziam parte desse movimento a juntarem-se à causa", comentou.

Thornberry questionou o Governo sobre se Puidgemont seria autorizado a viajar e falar junto de apoiantes, universidades, políticos e jornalistas sem receio de ser detido, o que o presidente da Câmara dos Comuns pareceu aprovar com acesso ao edifício do parlamento.

"Ele poderia falar aqui. Ele poderia vir e falar no Palácio de Westminster e seria extremamente bem-vindo", afirmou Bercow, que vai abandonar as funções no final do mês.

Porém, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Chris Pincher, alertou para a existência de um mandado de detenção europeu em seu nome, reativado na terça-feira, e a obrigação de o respeitar.

O Governo britânico recusou criticar as autoridades espanholas, alegando que "o Reino Unido apoia firmemente o Estado de Direito e considera que os líderes políticos, como qualquer outra pessoa, têm o dever de cumprir a lei".

"As questões relacionadas à independência da Catalunha devem ser resolvidas dentro dos canais constitucionais e legais adequados, e as questões relacionadas às sanções legais impostas pelos tribunais da Espanha são uma questão da Espanha e das suas instituições democráticas", acrescentou.

O deputado do partido nacionalista galês Plaid Cymru Hywel Williams declarou que "fazer acusações criminais não é uma forma de resolver diferenças políticas" e apelou ao governo para pressionar Madrid no sentido de abrir um "diálogo apropriado e respeitoso com o governo da Catalunha".

No congresso do Partido Nacionalista Escocês, hoje em Aberdeen, os participantes responderam com um longo aplauso após a referência da líder e primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon.

"São defensores pacíficos pelo direito à autodeterminação, assim como nós", afirmou.

Na segunda-feira, o Tribunal Supremo espanhol condenou os principais dirigentes políticos envolvidos na tentativa de independência da Catalunha a penas que vão até um máximo de 13 anos de prisão, no caso do ex-vice-presidente do governo catalão.

O ex-vice-presidente da Generalitat, Oriol Junqueras, foi condenado, por unanimidade, a 13 anos de cadeia por delito de sedição e má gestão de fundos públicos, os ex-conselheiros da Jordi Turull (ex-conselheiro da Presidência), Raul Romeva (ex-conselheiro do Trabalho) e Dolors Bassa (ex-conselheira para as Relações Exteriores) foram condenados a 12 anos por delitos de sedição e má gestão, o antigo titular do cargo de conselheiro do Interior, Joaquim Forn e Josep Rull (Território) foram condenados a 10 anos de cadeia e Jordi Cuixart, responsável pela instituição Òmnium Cultural, foi condenado a nove anos de prisão por sedição.

Ao todo eram 12 os separatistas que aguardavam a leitura da sentença pelo seu envolvimento nos acontecimentos que levaram ao referendo ilegal sobre a autodeterminação da Catalunha realizado em 1 de outubro de 2017 e à declaração de independência feita no final do mesmo mês.

Nove deles já estavam presos preventivamente, enquanto o ex-presidente do executivo regional Charles Puigdemont faz parte de um grupo de separatistas que continuam no estrangeiro e que não foram julgados.

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