Merkel compara impasse na saída britânica da UE à 'quadratura do círculo'
A chanceler alemã, Angela Merkel, comparou hoje o esforço para romper o impasse do 'Brexit' à "quadratura do círculo", mas prometeu trabalhar até ao último momento para garantir uma retirada ordenada dos britânicos da União Europeia.
© Reuters
Mundo Brexit
Angela Merkel apontou as dificuldades de conciliar o desejo do Reino Unido de deixar a UE com a vontade da União Europeia de manter a fronteira aberta entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte.
Num discurso para fabricantes de máquinas alemães, a chanceler alemã disse que as duas partes estão "a tentar negociar algo como 'a quadratura do círculo' e é muito, muito complicado".
A chanceler acrescentou que as partes irão trabalhar "até ao último minuto para uma retirada britânica ordenada", mas insistiu que a UE também está preparada se nenhum acordo for alcançado.
Merkel disse que "uma coisa já está clara agora" sobre o Reino Unido: Os britânicos vão-se tornar "outro concorrente à porta da Europa e isso exigirá que a União Europeia seja ainda mais fortemente competitiva e assuma a sua responsabilidade geopolítica".
Mais cedo hoje, o negociador da UE Michel Barnier disse que um acordo com o Reino Unido, para alcançar uma saída amigável dos britânicos da União Europeia (UE), pode ser "possível esta semana".
"As conversas foram intensas durante o fim de semana e ontem [segunda-feira], e mesmo que seja cada vez mais difícil, para ser franco, ainda é possível um acordo para esta semana", declarou Barnier quando chegou ao Luxemburgo para informar os Ministros dos Assuntos Europeus sobre esta questão, antes da cimeira europeia de 17 e 18 de outubro.
Com a data do 'Brexit', a saída do Reino Unido da UE, marcada para 31 de outubro, Bruxelas e Londres decidiram intensificar os contactos após uma reunião na quinta-feira passada entre os primeiros-ministros britânico, Boris Johnson, e o irlandês, Leo Varadkar, ter permitido, segundo disseram, ver "um caminho" até ao consenso.
Os planos de Johnson para substituir a controversa salvaguarda que visa evitar uma fronteira física na ilha da Irlanda após o 'Brexit' - um obstáculo à aprovação de um pacto - foram inicialmente rejeitados por Dublin e Bruxelas, mas deduz-se que foi possível fazer concessões que promovam o consenso.
A UE insistiu com o Governo britânico que qualquer alternativa para substituir essa salvaguarda deve ser "legalmente operacional" e atingir os mesmos objetivos: não construir uma fronteira física entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda, para manter a cooperação entre o norte e o sul da ilha e a integridade do mercado único
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