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Venezuela: Libertadas 18 pessoas que protestaram por falta de gás em casa

Um tribunal venezuelano ordenou na segunda-feira a libertação de 18 pessoas que estavam detidas desde julho por terem participado num protesto contra a falta de gás doméstico no Estado de Lara (centro do país).

Venezuela: Libertadas 18 pessoas que protestaram por falta de gás em casa
Notícias ao Minuto

06:50 - 15/10/19 por Lusa

Mundo Libertação

A libertação destas 18 pessoas foi confirmada pelo diretor do Fórum Penal Venezuelano (FPV), Alfredo Romero, através da sua conta na rede social Twitter.

"A equipa do FPV saiu há minutos da audiência em tribunal e conseguiu que fossem libertados 18 presos políticos, seis homens e 12 mulheres, arbitrariamente detidos desde julho passado por protestarem pela falta de gás doméstico", anunciou.

A acompanhar o anúncio da libertação, Alfredo Romero colocou várias fotografias onde os cidadãos aparecem a abraçar familiares.

Na Venezuela, país produtor de gás e petróleo, são cada vez mais frequentes as queixas da população sobre as dificuldades em aceder a alguns serviços básicos, entre eles água potável e gás.

Numa outra mensagem, o Fórum Penal Venezuelano explica que "continuam detidos 466 presos políticos na Venezuela, segundo listagem atualizada do FPV que será enviada à Organização de Estados Americanos e à Organização das Nações Unidas, para verificação e certificação".

Do total de presos políticos, este organismo adianta que 431 são homens e 35 mulheres. Dos 466 detidos, 358 são civis e 108 militares, todos adultos.

Entre os presos políticos continua o politólogo luso-venezuelano Vasco da Costa, 60 anos, que foi detido na sua casa, em abril de 2018, por agentes do SEBIN (serviços secretos da Venezuela).

Segundo a sua irmã Ana Maria da Costa, Vasco da Costa precisa de assistência médica porque recentemente foi-lhe extraído um tumor cancerígeno do olho esquerdo, problema que considera ser "consequência de todas as torturas e tratamentos cruéis" a que foi submetido na cadeia.

Em declarações à agência Lusa, Ana Maria da Costa tem denunciado a falta de sensibilidade dos guardas prisionais para com ela e o irmão, e adiantou que tem tido dificuldades, nas últimas semanas, para lhe fazer chegar medicamentos, água e alimentos.

Filho de um antigo cônsul de Portugal em Caracas, Vasco da Costa já tinha estado detido entre julho de 2014 e outubro de 2017.

Vasco da Costa define-se como "contrarrevolucionário, conservador e anticomunista", faz parte do Movimento Nacionalista Venezuelano e do partido Nova Ordem Social, liderado pela lusodescendente Venezuela Portuguesa da Silva, atualmente radicada em Espanha.

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