Dezenas de milhares de haitianos exigem nas ruas renúncia de Presidente
Dezenas de milhares de pessoas exigiram no domingo na capital do Haiti, Port-Au-Prince, a renúncia do Presidente Jovenel Moïse, num protesto convocado por artistas.
© Reuters
Mundo Protestos
Foi a manifestação que mobilizou mais gente desde que se iniciaram os protestos, em 16 de setembro.
Vestidos de branco, os manifestantes marcharam pelas ruas da capital atrás de camiões onde seguiam vários cantores do Haiti.
A manifestação decorreu de forma pacífica, ao contrário de protestos anteriores, em que a polícia interveio para dispersar os manifestantes.
A onda de contestação, que se tem traduzido em manifestações quase diárias em Port-Au-Prince e noutras cidades, foi gerada pela falta de combustível, que começou em agosto, somando-se ao desemprego, à subida de preços e ao aumento da insegurança.
Há quase um mês que a atividade económica no Haiti está praticamente parada, assim como as escolas e os transportes públicos, devido à falta de combustíveis e à agitação social no país.
Na terça-feira, o Presidente do Haiti, Jovenel Moïse, nomeou uma comissão para dialogar com a oposição e procurar uma saída para a crise.
Apesar da medida, são cada vez mais as vozes críticas, incluindo de organizações e instituições sociais, políticas e económicas haitianas, a pedirem a renúncia de Jovenel Moïse, no poder desde 2017.
A imagem do chefe de Estado sofreu um desgaste devido à investigação de vários casos de corrupção e ao ataque ao bairro-de-lata de La Saline, em Port-Au-Prince, em que morreram dezenas de pessoas em 2018 com a alegada conivência da polícia.
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