Putin diz que tropas estrangeiras devem abandonar Síria
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu hoje que as tropas estrangeiras devem respeitar a soberania da Síria e abandonar o território, a menos que o Governo indique o contrário.
© Reuters
Mundo Síria
"Todas as nações estrangeiras" deveriam retirar as suas tropas, a menos que o Governo sírio lhes pedisse para ficarem lá, afirmou Putin, durante uma entrevista a três emissoras de televisão árabes.
O governante sublinhou que a Rússia também tem uma presença militar significativa na Síria, além de bases aéreas e navais, mostrando-se disponível para abandonar o território, se o Presidente Bashar Assad assim solicitar.
Apesar de não condenar a Turquia por enviar as suas tropas para aquele território, Putin vincou que as outras nações devem respeitar a soberania e a integridade territorial da Síria.
Mais de 130.000 pessoas deixaram as suas casas nas cidades de Tal Abyad e Ras al-Ain, desde que a ofensiva turca começou no nordeste da Síria, na quarta-feira, informou hoje a ONU (Organização das Nações Unidas).
De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), alguns deles foram recebidos pelos seus familiares noutros locais, mas muitos refugiaram-se em escolas ou abrigos em cidades como Tal Amr, Hasakeh ou Raqa.
Segundo o escritório humanitário da ONU, cerca de 400.000 pessoas na área podem precisar de assistência e proteção nos próximos dias.
As Nações Unidas também alertaram que os hospitais públicos e privados de Ras al-Ain e Tal Abyad fecharam na sexta-feira e que mais de 400.000 pessoas ficaram sem abastecimento de água em Hasakeh, incluindo 82.000 residentes dos campos de refugiados de Al-Hol e Areesha.
A Turquia organizou esta ofensiva na Síria para combater as milícias curdas na região.
Oobjetivo da ofensiva é combater e afastar da região a milícia curdo-síria Unidades de Proteção Popular (YPG, integrante das FDS), que os turcos consideram uma organização terrorista por suas ligações com a insurgência curda na Turquia.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse na sexta-feira que a Turquia não vai parar até que o YPG, que forma a espinha dorsal da força terrestre apoiada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico (EI), se retire para pelo menos a 32 quilómetros da sua fronteira.
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