Independência da Escócia: Alternativa ao referendo divide nacionalistas
Duas fações do Partido Nacionalista Escocês (SNP, na sigla em inglês) que defendem vias diferentes para alcançar a independência da Escócia deverão confrontar-se durante o congresso desta formação, que se inicia hoje e encerra terça-feira em Aberdeen, nordeste da Escócia.
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Mundo Escócia
O deputado Angus McNeil é a principal figura de um movimento interno que quer um "plano B" para chegar à independência e assumir uma maioria do SNP na Escócia nas próximas eleições legislativas como um mandato dos eleitores para iniciar negociações com o governo britânico.
"É um plano que vai garantir que, se o governo do Reino Unido tentar silenciar a Escócia, vamos garantir que a nossa voz democrática seja ouvida. Acho que é apropriado perguntar aos membros do SNP se este é um debate que eles querem ter durante o congresso", afirmou o vereador em Inverclyde, Chris McEleny, aliado de Angus McNeil, citado pelo jornal The National.
Porém, a líder, Nicola Sturgeon, considera que o SNP deve manter o referendo como a posição oficial para procurar a independência, a qual foi rejeitada em 2014 por 55% dos eleitores.
"Fiz campanha pela independência toda a minha vida. Se houvesse um caminho fácil ou um atalho, eu já teria seguido. Mas temos que mostrar apoio maioritário à independência num processo legal e legítimo e que, crucialmente, seja aceite não apenas internamente no Reino Unido, mas internacionalmente e na Europa em particular", afirmou à BBC Scotland na sexta-feira.
Para ser realizado um novo referendo à independência, o governo britânico precisa de aprovar a votação, o que os rebeldes esperam poder contornar com esta proposta que pretendem que seja debatida no congresso.
A atual crise política no Reino Unido relacionada com o processo de saída britânica da União Europeia (UE) e a potencial antecipação de eleições legislativas deverão também dominar o congresso.
O SNP é desfavorável ao 'Brexit' porque 62% dos escoceses votaram contra em 2016 e defende um novo referendo por considerar que o resultado nacional foi influenciado por desinformação e promessas falsas.
Nas últimas semanas, vários dirigentes manifestaram abertura para apoiar uma moção de censura que derrube o governo de Boris Johnson e ponha o líder trabalhista, Jeremy Corbyn, temporariamente no poder para evitar um Brexit sem acordo, mas os Liberais Democratas discordam.
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