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Presidente do Equador ordena recolher obrigatório na capital

O Presidente do Equador, Lenin Moreno, ordenou hoje o recolher obrigatório e o controlo militar na capital e arredores, no 11.º dia de violentas manifestações contra as suas reformas económicas.

Presidente do Equador ordena recolher obrigatório na capital
Notícias ao Minuto

23:52 - 12/10/19 por Lusa

Mundo Equador

A medida entrou em vigor em Quito e na periferia às 15:00 locais (21:00 em Lisboa) e "facilitará a atuação da força pública face aos intoleráveis excessos de violência", anunciou Lenin Moreno na rede social Twitter.

Pouco tempo antes, manifestantes atacaram as sedes da cadeia de televisão Teleamazonas e do jornal El Comercio.

Hoje, os protestos subiram de tom em Quito com o bloqueio de estradas por parte do movimento indígena, que aceitou negociar com o Presidente após várias recusas de diálogo.

Lenin Moreno felicitou o movimento pela sua abertura ao diálogo, justificando o recolher obrigatório com o restabelecimento da tranquilidade na capital.

Segundo o Presidente equatoriano, por trás dos protestos indígenas estão grupos que geram vandalismo, como mafias do narcotráfico e apoiantes do ex-Presidente Rafael Correa, que acusa de ter causado a crise no país.

A delegação da ONU no Equador adiantou que iniciará o contacto direto com dirigentes indígenas e outros atores sociais para travar a escalada de violência.

O Equador protesta há cerca de duas semanas nas ruas contra as reformas do Presidente Lenin Moreno, em particular contra o aumento do preço dos combustíveis.

A subida do preço dos combustíveis foi uma das exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI) como contrapartida do resgate financeiro ao país, que se viu endividado após uma década de elevados défices e de queda do preço do petróleo, uma das principais fontes de receita económica do Equador.

Cinco civis, incluindo um dirigente indígena, foram mortos pela polícia desde o início dos protestos, anunciaram na sexta-feira os serviços do Defensor do Povo, um organismo estatal que também mencionou 554 feridos e 929 detenções.

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