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Bolsonaro pede prestação de contas do próprio partido para auditoria

O Partido Social Liberal (PSL), formação política que em 2018 levou ao poder o atual Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, vai ser alvo de uma auditoria externa, a pedido do próprio mandatário, que solicitou uma prestação de contas.

Bolsonaro pede prestação de contas do próprio partido para auditoria
Notícias ao Minuto

06:32 - 12/10/19 por Lusa

Mundo Bolsonaro

Segundo a imprensa brasileira, além de Jair Bolsonaro, 21 parlamentares do PSL fizeram um pedido formal para que o partido forneça documentos e informações sobre as contas partidárias dos últimos cinco anos, incluindo os dados dos últimos meses.

No documento, os advogados de Bolsonaro afirmam que submeterão os dados a uma auditoria "externa" e "independente", e declaram que o objetico é saber se a aplicação dos recursos públicos recebidos pelo PSL é feita de forma correta, segundo o portal de notícias G1.

O texto diz ainda que uma análise preliminar nas prestações de contas entregues à Justiça Eleitoral mostra que estas "são sempre apresentadas de forma precária".

"O notório sucesso do PSL na campanha eleitoral de 2018, oportunidade em que elegeu 54 deputados federais, é o fator que resultou no súbito incremento de mais de 10 vezes nos recursos públicos que receberá neste ano. Com isso, calha a responsabilidade de rigoroso acompanhamento das despesas do partido", diz o texto, a que o G1 teve acesso.

Entre os autores do pedido estão dois filhos do chefe de Estado, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro.

A auditoria externa surge num período de crise interna do PSL.

Apesar de Bolsonaro ter entrado agora com um pedido de prestação de contas do seu próprio partido, na passada quarta-feira o mandatário afirmou que "por enquanto" permanecerá no PSL, comparando a crise nesta formação política a uma "discussão entre marido e mulher".

"Por enquanto, eu continuo [no PSL]. Não existe crise. É uma discussão entre marido e mulher, de vez em quando acontece. O problema não é meu. O pessoal quer um partido diferente, atuante. O partido está estagnado. Não tem confusão nenhuma", afirmou o chefe de Estado em Brasília, em declarações a jornalistas brasileiros.

Luciano Bívar, líder do PSL, afirmou no mesmo dia que Bolsonaro "já está afastado" da formação política, numa aparente rutura entre ambos.

A polémica começou quando, na terça-feira, Bolsonaro orientou um seu apoiante a esquecer o PSL, partido de que é militante, acrescentando que Luciano Bivar, está "queimado".

Após a polémica, Bívar declarou ao portal de notícias G1 que Bolsonaro "já está afastado" e "esquecido" do partido.

O PSL enfrenta ainda problemas na justiça.

O Ministério Público (MP) Eleitoral do Estado brasileiro de Minas Gerais acusou na semana passada o atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, de desvios de recursos do fundo eleitoral de 2018, do PSL.

Além do ministro do Turismo, outras 10 pessoas foram acusadas dos crimes de falsidade ideológica, apropriação indevida eleitoral e associação criminosa.

"Após cerca de oito meses de investigação, o Ministério Público Eleitoral acusou (...) 11 pessoas por envolvimento num esquema de desvio de recursos por meio de 'candidaturas fantasma' nas últimas eleições", segundo o procurador de Justiça Eleitoral Fernando Abreu, citado no 'site' do MP.

Todos os acusados estão ligados ao PSL.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, também a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro saiu beneficiada com esse desvio de verbas.

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