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Mossad diz "não ser impossível" eliminar chefe de força de elite do Irão

O diretor dos serviços secretos israelitas Mossad, Yossi Cohen, considerou "não ser impossível" para Israel assassinar o general iraniano Qassem Soleimani, chefe da força de elite dos Guardiões da Revolução, divulgaram hoje vários media israelitas.

Mossad diz "não ser impossível" eliminar chefe de força de elite do Irão
Notícias ao Minuto

17:40 - 11/10/19 por Lusa

Mundo Irão

Na semana passada, as autoridades iranianas disseram ter impedido a tentativa de assassínio de Qassem Soleimani e detido três pessoas, evocando uma conspiração "conjunta israelo-árabe".

Numa entrevista a um jornal ultraortodoxo publicada na quinta-feira e divulgada hoje por outros periódicos, Cohen declarou "não ser impossível" para a Mossad acabar com o comandante da Força Qods, responsável por operações militares e clandestinas no estrangeiro, e que Soleimani "sabe muito bem".

"As suas ações são identificadas e sentidas em todos os lugares. Não há dúvida de que a infraestrutura que ele construiu representa um sério desafio para Israel", adiantou, referindo-se ao principal responsável pelo alargamento da influência militar do Irão à Síria e a outros países da região.

Questionado sobre se aviões israelitas atacaram, durante a guerra com o Líbano de 2006, Soleimani e o chefe do movimento xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, Cohen comentou que nessa altura o militar iraniano "não tinha cometido necessariamente o erro que o colocaria na prestigiosa lista de alvos de assassínio da Mossad".

Em relação ao líder do Hezbollah, assegurou que Nasrallah sabe que Israel tem "a opção de o eliminar".

O diretor da Mossad assinalou, no entanto, que Israel "não está interessado num conflito com o Irão" e que o seu "único interesse" é impedir que a República Islâmica consiga obter armamento nuclear.

"Não queremos a queda do regime, não queremos vingança contra cientistas nucleares ou bombardear bases em Teerão", adiantou, advertindo que isso mudaria se o Irão conseguisse capacidade nuclear.

Cohen foi igualmente questionado sobre o assassínio nos últimos anos em vários países de responsáveis do movimento radical palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza, e que são atribuídos a Israel.

"Se há um alvo que eliminamos sem hesitação são os funcionários do Hamas no exterior", admitiu, adiantando que a "lista negra" pode incluir "desde agentes locais até aqueles que gerem a compra de armas apontadas a Israel" e que não se trata de vingança, mas de remover uma ameaça.

"Há mais do que alguns assassínios", declarou Yossi Cohen, que não deu pormenores.

Segundo o The Times of Israel, Cohen assumiu a chefia da Mossad em 2016, sucedendo a Tamir Pardo, e o seu mandato tem-se concentrado no combate ao programa nuclear iraniano e no desenvolvimento de lanços com os países árabes.

Anterior conselheiro para a segurança do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, há rumores de que este o vê como um potencial sucessor político.

Cohen, 57 anos, disse na entrevista que ainda não decidiu se entrará na política, mas declarou ver-se "na liderança de Israel no futuro", cita o The Times of Israel.

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