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EUA destinam 88,2 milhões de euros para ações anti-regime na Venezuela

Os EUA e representantes da oposição venezuelana assinaram hoje um acordo que prevê a alocação de 98 milhões de dólares americanos (88,2 milhões de euros) por parte de Washington para aprofundar as ações para uma mudança de regime na Venezuela.

EUA destinam 88,2 milhões de euros para ações anti-regime na Venezuela
Notícias ao Minuto

06:39 - 09/10/19 por Lusa

Mundo Venezuela

Segundo o presidente do parlamento venezuelano, o opositor Juan Guaidó, trata-se de "um acordo histórico bilateral que fortalecerá as capacidades" para cessar a "usurpação" presidencial, e garantir "a liberdade da Venezuela e a reconstrução de um país devastado por um regime criminoso e de terroristas narcotraficantes".

O acordo foi assinado em Washington pelo administrador da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Mark Green, e o "embaixador" nomeado para representar a oposição nos EUA, Carlos Vecchio.

Entretanto, um comunicado divulgado em Caracas explica que os recursos aprovados pelos EUA vão ser "administrados por organizações e fundações internacionais, para apoiar o desenvolvimento de uma política estrangeira legítima e aumentar a pressão internacional, combater a censura e a manipulação ditatorial", além da defesa e proteção de ativos (venezuelanos) no estrangeiro.

A verba destina-se, também, a fortalecer o plano de recuperação da Venezuela, o apoio à sociedade civil, a defesa dos direitos humanos e a luta por eleições verdadeiramente livres.

As organizações e fundações internacionais que administrem os fundos devem responder perante a legislação e autoridades norte-americanas e as autoridades legítimas venezuelanas, segundo o comunicado.

Apesar de Washington reconhecer apenas o parlamento como legítimo, nem esse organismo nem a oposição administrarão os recursos atribuídos que não podem ser usados para pagar os salários de altos funcionários, autoridades eleitas ou embaixadores.

"Este acordo reafirma a confiança e apoio firme da administração do presidente Donald Trump e do Congresso dos EUA ao presidente (do parlamento) Juan Guaidó, perante uma ditadura cada vez mais débil e isolada", explica.

Segundo o comunicado, a iniciativa representa, igualmente, o início de "uma nova etapa nas relações" entre a Venezuela e os Estados Unidos, que "marcará um antes e um depois na luta pela liberdade, pela democracia, pelo fim da usurpação e na preparação para recuperar e reconstruir a Venezuela".

A crise política na Venezuela agravou-se desde janeiro de 2019 quando o presidente do parlamento, o opositor Juan Guaidó, jurou assumir as funções de presidente interino da Venezuela.

A oposição não reconhece os resultados das eleições presidenciais antecipadas de maio de 2018, que diz terem sido irregulares e sem garantias de transparência, e acusa o presidente Nicolás Maduro de estar a "usurpar" a Presidência da República.

A agenda opositora tem três pontos definidos, acabar a usurpação de poderes, um governo de transição e eleições livres.

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