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Candidato detido pede adiamento da 2ª volta das presidenciais da Tunísia

Um dos dois candidatos que vão disputar a segunda volta das presidenciais na Tunísia, Nabil Karoui, atualmente detido, entregou hoje um pedido na justiça a solicitar o adiamento do escrutínio, agendado para domingo, disse um dos seus advogados.

Candidato detido pede adiamento da 2ª volta das presidenciais da Tunísia
Notícias ao Minuto

18:54 - 08/10/19 por Lusa

Mundo Tunísia

"Entregámos um pedido junto do tribunal administrativo para pedir um adiamento da eleição" de 13 outubro até que Nabil Karoui seja libertado para fazer campanha, afirmou, em declarações à agência France Presse (AFP), o advogado Nazih Souei.

O principal argumento do apelo é de que a igualdade de oportunidades não é respeitada entre os dois candidatos que disputam a segunda volta presidencial, segundo explicou o advogado.

O tribunal administrativo confirmou ter recebido o pedido, mas sem avançar quanto tempo poderá demorar a responder.

Empresário e magnata dos 'media', Nabil Karoui, cujo partido foi fundado há seis meses, está detido desde 23 de agosto por suspeita de fraude fiscal e branqueamento de capitais.

No domingo passado, o outro candidato da segunda volta presidencial, Kais Saied, anunciou que suspendia a campanha em nome da igualdade de oportunidades do adversário político, Nabil Karoui.

A missão de observação da União Europeia (UE) na Tunísia lamentou hoje a "campanha de silêncio" para a segunda volta das presidenciais, ao lembrar que com um dos candidatos está detido e o outro está com a campanha suspensa.

"O que temos perante nós é uma situação original, uma campanha de silêncio em lugar de uma troca de posicionamentos, porque um não pode fazer campanha e o outro não quer", disse o vice-presidente do Parlamento Europeu (PE) Fabio Massimo Castaldo, chefe da missão de observadores eleitorais da UE às eleições tunisinas.

Os observadores europeus e vários políticos e organismos tunisinos pediram que Karoui pudesse fazer campanha, mas os apelos foram ignorados pela justiça.

"Esperamos, apesar de tudo, que haja possibilidade, meios, de permitir a cada candidato exprimir-se", prosseguiu Castaldo, frisando, contudo, que a missão "respeita plenamente a independência do poder judicial na Tunísia".

"A nossa preocupação é o acesso de cada eleitor às posições dos candidatos para que possa formar uma opinião informada", sublinhou o chefe da missão de observadores.

No próximo domingo, sete milhões de tunisinos são chamados às urnas para eleger o futuro Presidente da Tunísia.

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