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Open Arms acusa autoridades de inatividade no naufrágio em Lampedusa

O presidente da organização não-governamental (ONG) Open Arms, Òscar Camps, denunciou hoje a "inatividade" das autoridades após o naufrágio desta madrugada de uma embarcação de madeira em Lampedusa, que provocou pelo menos 13 mortos, segundo a imprensa local.

Open Arms acusa autoridades de inatividade no naufrágio em Lampedusa
Notícias ao Minuto

17:44 - 07/10/19 por Lusa

Mundo Itália

Camps disse que um navio da organização poderia ter resgatado os migrantes se tivesse sido avisado, pois encontravam-se perto do local do naufrágio.

Esta manhã, a ONG catalã resgatou 44 pessoas que viajavam a bordo de uma balsa de madeira no Mediterrâneo.

O naufrágio de uma barcaça de madeira, a seis milhas da ilha italiana de Lampedusa, aconteceu na madrugada de domingo para hoje, tendo a embarcação -- onde viajavam cerca de 50 migrantes -- virado devido ao mau tempo, anunciou a Guarda Costeira italiana.

A Guarda Costeira e a polícia italiana de fronteira salvaram 22 pessoas e recuperaram dois cadáveres durante as buscas pelos desaparecidos, tendo depois sido recuperados mais 11 corpos, todos de mulheres de origem subsaariana, explicou a organização humanitária "Mediterranean Hope".

Após o resgate e o naufrágio em Lampedusa, o fundador da Open Arms convocou um encontro com os jornalistas no porto de Badalona, em Barcelona, sede da ONG catalã, para denunciar que a organização não foi avisada do sucedido, mesmo estando perto do local.

"Possivelmente teríamos chegado ao local do incidente e assumido o controlo porque o nosso navio estava apenas a 20 milhas de distância", disse Camps.

Aquele dirigente assegurou que três aviões (Força Aérea Italiana, Força Aérea de Malta e FRONTEX) detetaram a situação e "ninguém interveio para ajudar".

Relativamente ao salvamento que a sua ONG assegurou, o presidente da Open Arms disse que as ordens das autoridades maltesas, quando foram informadas da embarcação, eram "não agir" e deixá-la nas condições em que se encontrava, "sem combustível suficiente para chegar a algum lugar e com previsão de condições climáticas desfavoráveis".

O comandante do navio Open Arms decidiu desobedecer às autoridades maltesas e enviou as embarcações auxiliares da organização para fornecer aos migrantes coletes salva-vidas e ajuda médica.

No segundo contacto que tiveram com Malta pela rádio - apesar das exigências do navio espanhol de se comunicarem por escrito -, foram informados de que seria enviado um barco patrulha a partir de Lampedusa para embarcar as 44 pessoas resgatadas, acrescentou Camps.

Cinco horas depois e sem novas notícias, o capitão da Open Arms embarcou os resgatados e viaja agora para o porto de La Valetta, capital de Malta.

"Colocamo-nos à disposição das autoridades maltesas para desembarcar estas pessoas, pois estão no seu território", disse Camps.

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