Candidatos presidenciais alertam sobre crise pós-eleitoral no Afeganistão
Um grupo de candidatos que se apresentaram às presidenciais de setembro no Afeganistão alteraram hoje que as eleições não definiram um vencedor e que os problemas e desafios durante o processo poderão originar uma crise pós-eleitoral no país asiático.
© Reuters
Mundo Afeganistão
O Conselho de candidatos presidenciais, que agrupa dez dos 15 candidatos que se apresentaram no escrutínio, nenhum deles entre os favoritos, expressou as suas "profundas preocupações" face a uma "possível crise pós-eleitoral" e pede "uma solução justa e lógica", segundo declarou em conferência de imprensa em Cabul um dos seus membros, Shahab Hakimi.
Este responsável referiu-se à baixa participação, ameaças à segurança, denúncias de fraude e as proclamações prematuras de vitória como os principais problemas que poderão desencadear a "crise" e comprometer a "legitimidade" das eleições.
Em simultâneo, prosseguem as ameaças entre as equipas eleitorais do atual presidente, Ashraf Ghani, e do chefe do executivo, Abdullah Abdullah, dois dos favoritos, assinalou.
"Considerando estes problemas", disse Hakimi, o Conselho considera que "estas eleições não têm um ganhador e, devido à baixa participação dos votantes, o Governo que se forme sob essas circunstâncias não terá a legitimidade necessária".
O candidato acrescentou que "para restabelecer a confiança é necessária uma alternativa", que o Conselho de candidatos presidenciais está "preparado" para apresentar, em "coordenação com outros movimentos políticos", e oferecer uma opção "adequada para uma governabilidade responsável".
Os resultados preliminares das eleições de 28 de setembro vão ser conhecidos em 19 de outubro, enquanto os resultados definitivos estão previstos para 07 de novembro.
Ghani, Abdullah e o ex-líder insurgente Gulbuddin Hekmatyar partem como favoritos para vencer as presidenciais, onde apenas participaram 2,7 milhões dos 9,6 milhões de afegãos que foram convocados às urnas (cerca de 27%), devido às ameaças de segurança e à desconfiança dos cidadãos no processo.
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