Indígenas levam rituais e cânticos da Amazónia ao Papa
Um grupo de líderes indígenas e missionários da região amazónica levou hoje os seus rituais e canções aos jardins do Vaticano, na presença do Papa, num evento marcado pela celebração do Sínodo dos bispos da Amazónia, que começa no domingo.
© Reuters
Mundo Amazónia
O Papa presidiu o ato de consagração do Sínodo a São Francisco de Assis, cuja festa é hoje celebrada, e plantou e regou com os nativos um carvalho nos jardins do Vaticano, dentro dos muros do Estado pontifício.
São Francisco - o santo dos pobres e da ecologia que inspirou o "Laudato si", a encíclica sobre a proteção do meio ambiente do Papa Bergoglio - foi escolhido como o protetor deste Sínodo, que vai abordar os problemas da região amazónica.
No ato, os representantes dos povos indígenas e missionários de origem indígena realizaram um ritual em que dançavam descalços em círculo, vestidos com as roupas das suas comunidades, diante de uma representação da Terra e dos símbolos de água, terra e sementes.
Nesta assembleia de bispos que terminará a 27 de outubro, participarão 185 dos chamados padres sinodais, os únicos que podem votar, incluindo 113 que vêm da região do Panamá-Amazónia que ocupa um território de nove nações (Guiana Francesa, República Cooperativa da Guiana, Suriname, Venezuela, Colômbia, Equador, Brasil, Bolívia, Peru).
Além disso, participam 80 especialistas e auditores e doze convidados especiais, como o ex-secretário geral da ONU Ban Ki-moon e o vice-diretor geral do Departamento de Clima, Biodiversidade, Terra e Água da FAO, René Castro Salazar,
Representantes indígenas participarão também nos debates, como o presidente do Congresso das Organizações Indígenas da Amazónia (Venezuela), José Gregorio Díaz Mirabal; Patricia Gualinga, defensora do povo Kichwa de Sarayaku, uma comunidade na Amazónia equatoriana, ou Tapi Yawalapoti, que representa as 16 tribos do Alto-Xingo, na região de Mato Grosso, no Brasil
Trinta e cinco mulheres irão também participar no Sínodo, das quais são convidadas especiais, quatro são especialistas (duas são religiosos) e 29 auditoras, das quais 18 são freiras. Nenhuma delas tem direito a voto.
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