"Estamos a fazer uma auditoria aos casos (...) em que Mykola Zlochevsky (ex-líder do Burisma), Sergei Kourtchenko (empresário ucraniano) e outras pessoas podem estar envolvidos", disse o procurador-geral Rouslan Riabochapka aos jornalistas.
Segundo o procurador-geral, esses casos anteriormente considerados, mas arquivados pela justiça, são de "cerca de 15", mas não parecem estar relacionados com o filho de Joe Biden, Hunter, que entrou em 2014 no conselho do Burisma.
"Pelo que vemos, trata-se mais das atividades de Zlochevsky e Kourtchenko do que da Burisma e de Biden", disse.
"O trabalho continua e apresentaremos os resultados posteriormente", declarou.
O objetivo da revisão é determinar se esses casos foram arquivados de forma legal, disse o procurador-geral, assegurando que a decisão de reexaminar os casos não foi tomada devido a qualquer pressão política.
"Nenhum político estrangeiro ou ucraniano me telefonou ou tentou influenciar as minhas decisões", insistiu Riabochapka.
O Presidente dos Estados Unidos é acusado de pressionar o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, a iniciar uma investigação sobre o filho do seu potencial oponente democrata nas eleições presidenciais de 2020, Joe Biden.
Os democratas americanos desencadearam uma investigação após estas acusações contra o bilionário republicano, tendo em vista um processo de destituição ('impeachment') de Trump.
Advogado e investidor, Hunter Biden atuou de 2014 a 2019 no conselho de supervisão da produtora de gás ucraniana Burisma, cofundada pelo oligarca pró-russo Mykola Zlochevsky.