Quatro polícias mortos e nenhuma explicação. Identificado autor do ataque
Mickaël H. Son, de 45 anos de idade, é descrito como um "funcionário modelo". Mas esta quinta-feira matou quatro colegas no edifício onde trabalhava há 15 anos.
© Reuters
Mundo França
O autor do ataque ocorrido esta quinta-feira na sede da polícia de Paris foi identificado como Mickaël H. Son, de 45 anos de idade, avança o Le Parisien, confirmando-se que se trata de um funcionário administrativo que trabalha no local desde 2003.
O procurador de Paris Remy Heitz indicou que as autoridades abriram uma investigação de homicídio, tendo em conta que foram mortos quatro agentes de polícia, e descartando para já um inquérito sobre terrorismo. Várias fontes falam, aliás, em possíveis "motivações de ordem pessoal".
O atacante morava em Gonesse (Val-d'Oise) com a mulher, que está nesta altura sob custódia policial, de acordo com a mesma publicação. A casa de ambos foi alvo de buscas.
Mickaël H. Son se tinha convertido ao Islão há cerca de 18 meses, indicou uma fonte próxima do processo, citada pela agência France Presse (AFP). A fonte, contudo, não é identificada pela agência noticiosa francesa.
O Le Parisien divulgou uma imagem daquilo que será o corpo do atacante, à porta do edifício.
Imagem divulgada pela imprensa francesa© Le Parisien
As quatro vítimas, três homens e uma mulher, foram mortas à facada no interior da Prefeitura da Polícia de Paris. O atacante foi depois abatido pelas forças de segurança, num ataque inédito cujas motivações se desconhecem.
Ao seu lado, o ministro do Interior, Christophe Castaner, que adiou uma visita à Turquia e à Grécia para se deslocar ao local, sublinhou que o atacante "nunca mostrou dificuldades comportamentais". "Um funcionário, à priori, modelo", indicou, acrescentando que o funcionário da polícia que ficou ferido no ataque teve de ser operado de urgência.
A agressão ocorreu cerca das 13h00 locais (12h00 em Lisboa) e, segundo a agência France-Presse, os investigadores exploram a pista de um conflito pessoal.
O presidente francês, Emmanuel Macron, também se deslocou ao local do ataque, localizado no centro histórico da capital francesa, perto da Catedral de Notre Dame e em frente do Palácio de Justiça, para "mostrar apoio e solidariedade a todos os funcionários".
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