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Árabes israelitas em greve contra violência mortal nas suas comunidades

Os cidadãos árabes de Israel estão hoje em greve geral e realizaram protestos contra a violência mortal nas comunidades da minoria, que alegam ser ignorada pela polícia.

Árabes israelitas em greve contra violência mortal nas suas comunidades
Notícias ao Minuto

16:12 - 03/10/19 por Lusa

Mundo Israel

Escolas e lojas em cidades e aldeias árabes estiveram fechadas em resposta a um apelo de líderes árabes e os recém-eleitos deputados árabes faltaram à cerimónia de abertura do parlamento (Knesset) em solidariedade.

A polícia indicou que se registaram este ano mais de 70 assassínios nas comunidades árabes, quase tantas como nos dois últimos anos, quando os árabes representaram mais de metade de todas as vítimas de assassínio no país.

Líderes árabes dizem que a polícia israelita ignora a violência nas suas comunidades, desde a relacionada com os feudos familiares à da máfia, incluindo a violência doméstica e os designados crimes de honra.

Os árabes israelitas são cerca de 20% da população de Israel e descendem dos palestinianos que permaneceram no Estado hebreu após a sua criação em 1948. Queixam-se de discriminação e dizem que as autoridades os tratam como cidadãos de segunda.

A Lista Árabe Unida, coligação de quatro partidos árabes israelitas que conseguiu 13 lugares no Knesset nas legislativas de 17 de setembro, tendo sido a terceira força mais votada, tinha como uma das prioridades a melhoria da segurança pública.

"Um governo racista negligenciou-nos e a polícia deixou os nossos bairros aos gangues e aos criminosos", disse Ayman Odeh, o advogado que lidera a Lista Árabe Unida, adiantando que a greve é para pedir buscas de armas, ações mais duras contra o crime organizado e maiores orçamentos para a educação.

"Se não houver outra escolha, bloquearemos as ruas para lhes devolver a segurança", disse ainda.

A polícia rejeita veementemente as alegações de indiferença e diz que está a fazer tudo para conter a violência.

O porta-voz da polícia Micky Rosenfeld indicou que foram abertas este ano nas comunidades árabes sete novas esquadras e que está prevista a abertura de oito outras nos próximos meses.

Adiantou que só este ano, a polícia confiscou 4.000 armas e deteve 2.800 pessoas por questões relacionadas com armas, assinalando que os líderes locais devem fazer mais para cooperar com as autoridades e prevenir a violência.

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