Pompeo admite que participou no telefonema de Trump com Vladimir Zelensky

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, confirmou hoje que participou na chamada telefónica que o Presidente Donald Trump fez ao Presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, que está na origem do processo de destituição.

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Lusa
02/10/2019 13:54 ‧ 02/10/2019 por Lusa

Mundo

Trump

"Eu estava ao telefone", disse Pompeo aos jornalistas, em Roma, durante uma conferência de imprensa com o seu homólogo italiano, Luigi Di Maio, e, embora sem referir pormenores sobre a conversa entre os dois líderes, em que participou, acrescentou que o telefonema não teve nada de inapropriado.

A líder da maioria Democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, anunciou na passada quarta-feira o início de um processo de destituição de Donald Trump, depois de um denunciante ter apresentado dados de um telefonema em que o Presidente norte-americano pedia ao seu homólogo ucraniano, Vladimir Zelensky, para investigar as atividades do filho do antigo vice-presidente e atual candidato às eleições presidenciais de 2020 nos EUA Joe Biden.

Os Democratas consideram que Donald Trump abusou do poder presidencial e iniciou uma investigação na Câmara de Representantes para destituir o Presidente, num processo que envolve também Mike Pompeo, que já foi chamado a depor no Congresso.

Hoje, Pompeo admitiu que participou nesse telefonema, o que aumenta a relevância da sua audição perante as comissões de inquérito, mas considera que não há razão para suscitar um inquérito de destituição.

"O telefonema foi no contexto de... qual é a política americana em relação à Ucrânia", disse o chefe da diplomacia dos EUA, acrescentando que está orgulhoso de trabalhar com a equipa ucraniana do Departamento de Estado, incluindo com o ex-enviado especial Kurt Volker, que fez a ponte entre um assessor do Presidente da Ucrânia e Rudy Giuliani, advogado pessoal de Trump.

"A nossa preocupação é ajudar os ucranianos a eliminar a corrupção do seu Governo", explicou Mike Pompeo, para justificar o telefonema em que Donald Trump pediu a Zelensky para investigar a alegada atividade do filho de Joe Biden com uma empresa ucraniana envolvida em processos de corrupção.

Na terça-feira, Pompeo disse que estava disponível para colaborar na investigação, mas acusou os congressistas Democratas de estarem a "intimidar" diplomatas para deporem no processo, recusando a agenda de convocações de dois dos funcionários do Departamento de Estado que poderão fornecer informações sobre o caso ucraniano.

 

 

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