Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
15º
MIN 13º MÁX 19º

Indonésia deu dois dias à Austrália para explicar espionagem

A Indonésia deu um prazo de dois dias à Austrália para apresentar explicações sobre a alegada espionagem por parte dos seus serviços secretos às comunicações telefónicas do Presidente indonésio, informou hoje a imprensa local.

Indonésia deu dois dias à Austrália para explicar espionagem
Notícias ao Minuto

05:43 - 19/11/13 por Lusa

Mundo Escutas

O Presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, pediu às suas agências de segurança que investiguem o caso, que o levou a chamar o embaixador australiano e a anunciar a revisão da posição do chefe da missão australiana e do seu pessoal diplomático na Indonésia.

O ministro dos Assuntos de Segurança, Políticos e Legais indonésio, Djoko Suyanto, pediu na segunda-feira explicações à Austrália e espera que o país as apresente num prazo de dois dias, segundo a ABC.

"O problema é que eu não recebi nenhuma explicação por parte do Governo australiano sobre esta notícia", disse Suyanto, ao salientar que o Governo indonésio vai rever toda a cooperação com Camberra.

O Presidente indonésio lamentou a tentativa de minimizar o caso por parte do primeiro-ministro australiano, que disse que "todos os governos recolhem informação e sabem que outros governos o fazem".

"Os atos da América e da Austrália danificaram severamente as relações estratégicas com um dos seus parceiros democráticos, a Indonésia", escreveu Yudhoyono na sua conta do Twitter.

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, não se pronunciou ainda sobre a alegada espionagem, mas reconheceu que as relações Jacarta-Camberra não vivem os melhores dias.

O canal australiano ABC e a edição local do jornal britânico The Guardian revelaram na segunda-feira que os serviços de informações australianos terão espiado o telemóvel do Presidente indonésio durante duas semanas em agosto de 2009.

Pelo menos uma conversa telefónica de Susilo Bambang Yudhoyono foi intercetada, de acordo com a ABC e o The Guardian, que citam documentos do antigo consultor da Agência de Segurança Nacional norte-americana Edward Snowden.

O telefone da primeira-dama indonésia também terá sido espiado, bem como o do vice-presidente Boediono e de outros membros do Governo.

O caso surgiu quando os serviços secretos australianos estavam a trabalhar com os parceiros indonésios na perseguição do malaio Noordin Mohamed Top, um dos terroristas mais procurados do sudeste asiático, segundo o diário The Australian.

O ministro dos Negócios Estrangeiros indonésio, Marty Natalegawa, considerou na segunda-feira a alegada espionagem como um "ato hostil e inadequado entre dois parceiros estratégicos", que poderá ter "repercussões muito graves" sobre as relações bilaterais se tal e confirmar.

No início do mês, a imprensa revelou, com base em documentos de Snowden, que os Estados Unidos terão usado a embaixada australiana em Jacarta para espionagem eletrónica.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório