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PR egípcio diz que "não há razão para preocupação" com as manifestações

O Presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, indicou hoje que "não há razão para preocupação" com eventuais novas manifestações contra o seu poder.

PR egípcio diz que "não há razão para preocupação" com as manifestações
Notícias ao Minuto

11:23 - 27/09/19 por Lusa

Mundo Egito

"Não há razões para preocupação. O Egito é um país forte, graças aos egípcios", afirmou al-Sisi perante um pequeno grupo de jornalistas e observadores locais no Cairo, logo após o seu regresso dos Estados Unidos, onde participou na Assembleia-Geral das Nações Unidas.

"O caso não merece tudo isto! Há uma tentativa de criar uma imagem (da situação) que não é absolutamente real", salientou o Presidente egípcio, sem avançar mais detalhes, segundo as imagens transmitidas pela televisão estatal.

"Não ouça o que eles dizem! Não acredite neles!", salientou al-Sisi, sem designar especificamente os responsáveis do apelo à manifestação contra o Presidente egípcio.

As forças de segurança prenderam cerca de 2.000 pessoas no Egito após os protestos antigovernamentais há uma semana, declarou hoje a Human Rights Watch (HRW), poucas horas antes de possíveis novas manifestações no país.

Os detidos são acusados de "ingressar grupo terrorista", "manifestar-se sem autorização" ou "espalhar informações falsas", segundo advogados.

Além das detenções, a organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch alegou que as autoridades também bloquearam "sites políticos e de informação e interromperam outros serviços de Internet usados pelos manifestantes para comunicar".

"As enormes detenções e restrições governamentais na Internet parecem ter o objetivo de impedir que os egípcios se manifestem", disse Sarah Leah Whitson, diretora para o Médio Oriente da HRW.

Uma série de vídeos publicados desde o início de setembro no Facebook por um empresário egípcio no exílio, Mohamed Aly, levou centenas de pessoas a manifestarem-se no dia 20 de setembro, que gritaram a frase "Sissi dégage" (Fora Sisi), em referência ao Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, que lidera o país com mão de ferro desde 2013.

O empresário convocou um novo protesto para hoje após a oração do meio-dia, num vídeo difundido na noite de quinta-feira em que apelida a manifestação de "sexta-feira da salvação".

As manifestações antigovernamentais são raras no Egito, onde são proibidas por uma lei adotada em 2013, após o golpe militar liderado por Sisi em que depôs Mohamed Morsi.

Desde então, as autoridades reprimiram dissidentes, detiveram milhares de militantes islamitas, assim como militantes laicos e bloggers populares.

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