Hungria acusa eurodeputados de chumbarem comissário por razões políticas
O Governo da Hungria alegou hoje que o 'chumbo' pela comissão de Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu (PE) do comissário que indigitou, o ex-ministro do Interior e Justiça László Trócsanyi, foi promovido por eurodeputados que apoiam a imigração.
© Reuters
Mundo Hungria
"Os eurodeputados pró-imigração do PE não toleram que a nova Comissão [Europeia] tenha um comissário que foi ministro do Interior quando a Hungria encerrou as fronteiras aos imigrantes", afirma um comunicado do Governo do conservador de Viktor Órban.
Esses deputados, afirma o texto, "querem abrir as fronteiras aos imigrantes, tal como o novo governo de esquerda em Itália abriu os seus portos".
Sob a orientação de Orbán, a Hungria tem seguido uma política anti-imigração, exemplo que foi seguido pela Itália enquanto a Liga [extrema-direita] de Matteo Salvini integrou a coligação de governo (2018-2019).
A comissão de Assuntos Jurídicos (JURI) do PE, responsável por avaliar "conflitos de interesses potenciais ou reais dos comissários indigitados", recusou hoje a candidatura de Trócsanyi, designado para a pasta de Política de Vizinhança e Alargamento, devido a conflitos de interesses.
A comissão 'chumbou' igualmente a comissária indigitada pela Roménia, Rovana Plumb.
Segundo a versão europeia do site Politico, a comissão tinha dúvidas quanto à empresa de advocacia fundada pelo húngaro em 1991 e as relações da mesma com o Governo de Orbán.
Trócsanyi foi hoje ouvido pela JURI, não tendo conseguido convencer a comissão de que os seus interesses financeiros não representavam um potencial conflito de interesses no exercício das suas futuras funções.
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