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Gantz recusa ser de governo no qual o chefe enfrenta acusações de fraude

Benny Gantz, rival de Benjamin Netanyahu nas últimas eleições legislativas em Israel, afirmou hoje que recusa participar num governo dirigido um primeiro-ministro ameaçado de ser indiciado pela justiça.

Gantz recusa ser de governo no qual o chefe enfrenta acusações de fraude
Notícias ao Minuto

21:17 - 25/09/19 por Lusa

Mundo Israel

"O partido Branco e Azul que dirijo não aceitará participar num governo no qual o seu chefe está sob a ameaça de uma grave acusação", declarou Gantz na sua página Facebook, numa referência a Netanyahu, que deverá depor na justiça por alegadas "fraudes" e "desfalques" financeiros.

O Presidente de Israel, Reuven Rivlin, encarregou hoje Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro cessante, de formar um novo Governo após as eleições legislativas que prolongaram o impasse político no país do Médio Oriente.

"A responsabilidade de formar o próximo Governo é concedida ao primeiro-ministro e líder do Likud, Benjamin Netanyahu", declarou a presidência em comunicado.

Logo após este anúncio, Netanyahu pediu a Benny Gantz, líder da coligação centrista Azul e Branco, para se juntar ao seu partido num Governo de união nacional.

A comissão eleitoral israelita tinha previamente divulgado os resultados definitivos das legislativas de 17 de setembro, que dão mais um deputado ao Likud de Benjamin Netanyahu do que anteriormente, mas não alteram a situação de impasse político em Israel.

O Likud, de direita, consegue assim 32 deputados, enquanto a coligação centrista Azul e Branco de Benny Gantz fica com 33 lugares no parlamento (Knesset, 120 assentos).

A maioria no Knesset é conseguida com 61 deputados, e as alianças permitem a Netanyahu um total de 55 deputados e a Gantz 54.

Dez dos 13 deputados eleitos pela Lista árabe unida, a terceira força política após o recente escrutínio, comprometeram-se em apoiar a candidatura de Gantz para primeiro-ministro, mas sem se comprometeram a participar no próximo Governo.

O chefe de Estado tem defendido um governo "estável" e de união com o partido Likud (de Netanyahu e a coligação centrista Azul e Branco de Gantz, realizou no domingo e segunda-feira consultas com os partidos eleitos para o parlamento para conhecer as suas recomendações sobre a escolha da pessoa que será encarregada de formar um futuro executivo.

Gantz e Netanyahu apelaram ambos a um governo de união, mas cada um deles quer liderar a eventual coligação.

As anteriores legislativas, em abril, tiveram um resultado semelhante e Netanyahu não conseguiu formar governo, o que levou à dissolução do parlamento e à realização do escrutínio da semana passada.

O presidente Rivlin prometeu tudo fazer para evitar uma terceira eleição.

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