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Presidente da Ucrânia evita referir escândalo americano discurso na ONU

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, optou hoje por ignorar o escândalo norte-americano que o envolve e focar-se no conflito com a Rússia, no seu primeiro discurso perante a Assembleia geral da ONU.

Presidente da Ucrânia evita referir escândalo americano discurso na ONU
Notícias ao Minuto

15:56 - 25/09/19 por Lusa

Mundo Volodymyr Zelensky

Zelensky, no centro da mais recente tempestade política nos Estados Unidos, abriu hoje o segundo dia de discursos da 74.ª sessão da Assembleia-Geral da ONU, que decorre até 30 de setembro, com a presença de cerca de 150 chefes de Estado e de Governo, incluindo o Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa, que discursou na terça-feira.

Na sua intervenção nesta reunião anual dos líderes mundiais, o chefe de Estado Ucrânia, eleito de forma surpreendente em 21 de abril, apelou ao reforço do apoio internacional ao seu país, cinco anos após a anexação pela Rússia da península da Crimeia e do apoio, que Moscovo nega, aos separatistas que combatem no leste do país.

O líder de Kiev avisou que um mundo interconectado, "deixou de existir 'a guerra dos outros'".

Ao longo dos tempos, "milhões de seres humanos pagaram o preço da negligência, silêncio e inação ou de relutância por ambições perdidas", disse. "Cada líder partilha a sua quota de responsabilidade não apenas para o destino do seu próprio país, mas de todo o mundo", acrescentou.

Zelensky dirigiu-se à Assembleia geral apenas algumas horas após a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, a democrata Nancy Pelosi, ter anunciado a abertura de um processo que visa a destituição do Presidente, Donald Trump. Um desenvolvimento que foi em parte justificado por um telefonema em 25 de julho entre Trump e Zelenski.

Trump é acusado de ter abusado dos seus poderes presidenciais e solicitar a ajuda da Ucrânia para comprometer o candidato presidencial democrata Joe Biden, vice-presidente no mandato de Barack Obama, e ajudar à sua própria reeleição.

O presidente dos Estados Unidos terá pressionado Zelenski a investigar Hunter Biden, filho de Joe Biden por suspeita de irregularidades na sua ligação com uma empresa ucraniana.

Na quarta-feira, os media norte-americanos referiram que o Presidente norte-americano congelou cerca de 400 milhões de dólares (364 milhões de euros) de ajuda militar à Ucrânia poucos dias antes de ter pedido ao seu homólogo ucraniano para investigar o seu rival democrata Joe Biden, suscitando especulações de que estaria a reter o dinheiro como uma forma de pressão para obter informação sobre os Biden.

Trump negou as acusações, mas reconheceu ter bloqueado os fundos.

Antes da sua intervenção da Assembleia geral da ONU, Zelensky também assegurou que a única pessoa que o consegue pressionar é o seu filho de 6 anos.

"A mim ninguém me pressiona porque sou o Presidente de um país independente. A única pessoa que pode pressionar-me é o meu filho, que tem 6 anos", afirmou numa declaração emitida hoje pelo canal russo Rossía 24, após ser questionado se teria sido pressionado por Donald Trump.

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