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Irão considera "infundadas" acusações sobre ataque à petrolífera saudita

O Presidente iraniano, Hassan Rohani, disse hoje que são infundadas as acusações da França, Reino Unido e Alemanha sobre o alegado envolvimento do Irão nos recentes ataques contra a petrolífera saudita Aramco.

Irão considera "infundadas" acusações sobre ataque à petrolífera saudita
Notícias ao Minuto

10:18 - 24/09/19 por Lusa

Mundo Irão

O Presidente iraniano, Hassan Rohani, disse hoje que são infundadas as acusações da França, Reino Unido e Alemanha sobre o alegado envolvimento do Irão nos recentes ataques contra a petrolífera saudita Aramco.

Rohani acrescentou, através de um comunicado emitido hoje pelo gabinete presidencial em Teerão, que os três países europeus, signatários do acordo sobre energia nuclear do Irão, têm "obrigações e responsabilidades" no que diz respeito ao tratado firmado em 2015.

A mensagem presidencial foi divulgada depois da reunião entre Hassan Rohani e o chefe de Estado francês, à margem dos trabalhos da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.

Emmanuel Mácron, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disseram na segunda-feira, num comunicado conjunto, que para a França, Alemanha e Reino Unido "não há outra explicação possível" a não ser a responsabilidade do Irão nos ataques contra a Aramco, apesar de terem sido reivindicados pelos rebeldes huthis do Iemén".

Os três países europeus pediram também ao Irão para "aceitar as negociações sobre o programa nuclear, assim como assuntos relacionados com a segurança regional, incluindo o programa de mísseis".

As autoridades iranianas recusaram voltar a negociar o pacto de 2015 ou a abordar assuntos como a influência regional do Irão e o programa sobre mísseis, um dos aspetos que foi especificamente referido hoje pelo chefe da diplomacia de Teerão, Mohamad Yavad Zarif.

"Não há novo acordo antes de se cumprir o tratado atual", escreveu hoje Zarif num texto difundido pela rede social Twitter, criticando "a paralisação" dos três países europeus perante os compromissos firmados em 2015.

O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros assinalou que a solução é "construir um caminho independente dos Estados Unidos que através das sanções dificultam as atitudes dos restantes signatários do acordo".

O acordo de 2015 foi assinado pelo Grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, República Popular da China, França, Reino Unido e Alemanha).

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou Washington, em 2018, do acordo alcançado pelo ex-chefe de Estado, Barack Obama e voltou a impor sanções contra o Irão, insistindo na inclusão de novos limites ao programa atómico iraniano e na verificação do sistema de mísseis balísticos de Teerão.

Devido à aplicação das novas sanções, as autoridades do Irão deixaram de cumprir alguns dos compromissos, nomeadamente em relação ao enriquecimento do urânio.

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