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MP ordena detenção de funcionários por ajudarem Guaidó a viajar

O Ministério Público (MP) venezuelano emitiu mandados de detenção para quatro funcionários da governação do Estado de Táchira (fronteiriço com a Colômbia), por facilitarem a saída do opositor Juan Guaidó para o país vizinho, apesar de estar proibido.

MP ordena detenção de funcionários por ajudarem Guaidó a viajar
Notícias ao Minuto

21:47 - 23/09/19 por Lusa

Mundo Venezuela

O anúncio foi feito através da televisão estatal venezuelana pelo procurador-geral designado pela Assembleia Constituinte (composta unicamente por simpatizantes do regime), Tarek William Saab.

Os mandados de captura foram emitidos contra a assistente da governadora do Estado de Táchira, Loryis Silva, a prefeita de Boca de Grita, Luz Marina Pernia, o prefeito de La Fria, Camilo Roso Suárez, e o motorista Jonathan Zambrano Garcia.

"Estas pessoas antes mencionadas incorreram em traição à pátria por terem ajudado a sair do território venezuelano um indivíduo que tem proibição de saída do país", frisou Tarek William Saab.

O procurador-geral adiantou que as autoridades venezuelanas estão na disposição de "colaborar com a justiça colombiana" apresentando provas contra Iván Posso ("Nandito"), membro do grupo paramilitar colombiano Los Rastrojos, que estará detido na Venezuela.

Segundo o MP, a Venezuela tem provas de que Los Rastrojos cometeram crimes de tráfico ilícito de substâncias psicotrópicas e estupefacientes, extorsão, associação para comer delitos, e uso de armas longas e terrorismo.

Em janeiro últimom, o presidente da Assembleia Nacional (parlamento), Juan Guaidó, acusou o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de usurpar a Presidência da República, por ter sido eleito em eleições antecipadas, irregulares e sem garantias, e jurou publicamente assumir as funções de presidente interino do país.

Então, o Ministério Público emitiu uma proibição de saída do país do presidente do parlamento, onde a oposição está em maioria.

Reconhecido como presidente interino por quase 60 país, Juan Guaidó conseguiu sair do país, em fevereiro último, e apareceu na cidade colombiana de Cúcuta, fronteiriça com a Venezuela, onde tentou fazer entrar, sem sucesso, ajuda humanitária no seu país.

Além da Colômbia, Guaidó visitou também a Argentina, Brasil, Equador e Paraguai, e regressou ao seu país pelo Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía, em 04 de março, sem ser alvo de qualquer tentativa de detenção.

Nas últimas semanas, foram divulgadas, pelo Ministério Público venezuelano, várias fotografias de Juan Guaidó, durante a deslocação à Colômbia, entre elas duas em que aparece com dois membros de Los Rastrojos, detidos pelas autoridades colombianas.

Guaidó reagiu dizendo desconhecer quem eram as pessoas, que tirou milhares de fotografias e que não pedia identificação antes de se deixar fotografar.

Entretanto, o MP divulgou uma outra fotografia com o motorista Jonathan Zambrano Garcia, que as autoridades venezuelanas dizem ser membro de Los Rastrojos.

O motorista desmentiu as acusações das autoridades venezuelanas e disse ter feito o favor de levar Juan Guaidó à Colômbia, mas negando ter ligações a guerrilheiros colombianos.

Jonathan Zambrano Garcia disse ainda que foi obrigado a abandonar a Venezuela, juntamente com a família, na sequência das acusações das autoridades venezuelanas.

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