Novo partido quer combater a corrupção e promover mudança de regime
Um grupo de mais duas dezenas de venezuelanos anunciou hoje ter pedido ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) a legalização de um novo partido democrático de direita, que pretende combater a corrupção e fazer oposição ao governo do Presidente Nicolás Maduro.
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Mundo Venezuela
O grupo espera que o CNE autorize a criação do partido e aprove um dos três nomes que solicitaram: Direita Democrática Popular, Direita Democrática e Voz de Venezuela", que terá como slogan "Em capitalismo o povo vive melhor".
Num manifesto divulgado em Caracas através das redes sociais, o grupo, que inclui figuras ligadas a organizações da sociedade civil, defende que a família é a célula fundamental da sociedade, que deve ser protegida, estimulada e os seus integrantes formados em distintos valores.
Também que a propriedade privada é um direito sagrado que deve ser respeitado e consagrado na legislação venezuelana.
"Este regime viola constantemente este direito quando arrebata de maneira violenta e sem julgamento o património dos cidadãos, criando um estado de desamparo generalizado. O Estado deve ser o primeiro defensor e protetor da propriedade privada e não o seu inimigo. A Venezuela deve ser um país de proprietários", refere o documento.
No manifesto o novo partido promete defender o Estado de direito, as normas estabelecidas, os poderes públicos e "evitar uma situação de anarquia que apenas convém a regimes como o de (Nicolás) Maduro".
"O país requer um poder judicial verdadeiramente independente, juízes e funcionários íntegros, bem preparados e remunerados", adianta.
Por outro lado, os promotores da criação do novo partido explicam que "a atividade económica do país deve ser de livre mercado e prerrogativa dos cidadãos, incluindo o petróleo que deve ser propriedade dos venezuelanos, desde as jazidas até à comercialização".
"Está comprovado historicamente que as sociedades capitalistas proporcionam maior bem-estar aos seus cidadãos que os estados chamados socialistas que só reprimem, controlam o homem e os convertem em servos do estado todo-poderoso", lê-se no manifesto, que defende ainda que o Estado não deve intervir em nenhuma atividade económica e deve limitar-se apenas a tarefas de segurança, defesa, relações internacionais, ordem pública, justiça, ordenamento territorial, educação básica e saúde primária.
Outra das propostas é a reforma da Constituição de 1999 para adequá-la à nova realidade do país.
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