Ataques na República Democrática do Congo causaram 28 mortos
Pelo menos 28 pessoas morreram nos últimos dois dias em Ituri, no nordeste da República Democrática do Congo (RDCongo), anunciaram hoje as Nações Unidas, condenando uma série de ataques de milícias "contra os deslocados".
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Mundo Congo
Segundo a Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco), na quarta-feira treze civis foram mortos em ataques.
Um outro ataque, que teve como alvo um campo de deslocados localizado perto da base da Monusco, foi travado pelos capacetes azuis, com os elementos das milícias a atacarem depois duas aldeias durante a sua fuga.
"Quinze pessoas, incluindo onze crianças, foram mortas na noite de terça-feira para quarta-feira", acrescentou a Monusco, referindo que tem registo de seis ataques das milícias nas últimas duas semanas.
A missão das Nações Unidas denuncia uma "vontade deliberada e organizada de atacar os deslocados e os mais vulneráveis", segundo afirmou o Representante Especial Adjunto do Secretário-Geral da RDCongo, David McLachlan-Karr.
Região rica em ouro, Ituri é palco de violência há semanas. Em junho, 160 pessoas foram mortas e mais de 400.000 fugiram da violência de uma milícia local, segundo dados oficiais das autoridades.
Estas mortes são atribuídas pelas autoridades congolesas "aos homens de Ngudjolo", uma milícia local que opera na floresta de Wago, no território de Djugu.
No final de 2017 e início de 2018, o território de Djugu foi abalado pela violência entre comunidades, resultando em dezenas de mortes e milhares de refugiados no Uganda, no outro lado do lago Alberto.
Ituri já tinha sido palco de conflitos entre as comunidades de pastores e comunidades de agricultores que mataram dezenas de milhares de pessoas entre 1999 e 2003 nesta província fronteiriça do Uganda e do Sudão do Sul.
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