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EUA defendem "solução pacífica" para acabar com tensão no Golfo Pérsico

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, defendeu hoje, em Abu Dhabi, que os Estados Unidos privilegiam uma "solução pacífica" para pôr fim à tensão após os recentes ataques contra um campo petrolífero na Arábia Saudita.

EUA defendem "solução pacífica" para acabar com tensão no Golfo Pérsico
Notícias ao Minuto

17:55 - 19/09/19 por Lusa

Mundo EUA

Falando aos jornalistas, Pompeo, em digressão por países da região do Golfo Pérsico, evocou a existência de um "consenso" nos países da região em relação à responsabilidade do Irão nos ataques de sábado à petrolífera estatal saudita Aramco.

"Estamos aqui [em Abu Dhabi] para criar uma coligação destinada a promover a paz, bem como uma solução pacífica", disse o chefe da diplomacia norte-americana, manifestando esperança de que o Irão, a quem os Estados Unidas acusam de estar por trás dos ataques, "veja as coisas da mesma maneira".

Por seu lado, em declarações à cadeia de televisão norte-americana CNN, o ministro dos Negócios estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, advertiu que um ataque dos Estados Unidos ou da Arábia Saudita desencadeará uma "guerra total", acrescentando que Teerão "não deseja" um conflito e que não ficará sem se defender.

O recente aumento da tensão da posição norte-americana fez crer a possibilidade de uma escalada militar na região, depois dos ataques ao "coração" da indústria petrolífera saudita, que reduziram para metade a capacidade de produção de petróleo do país que é o primeiro exportador mundial.

Quarta-feira, na Arábia Saudita, Pompeo reuniu-se com o príncipe herdeiro saudita, Mohamed ben Salmane, que considerou que os ataques constituem um "verdadeiro teste" à vontade mundial face ao Irão.

As duas partes "chegaram à conclusão de que o regime iraniano deve ser tido como responsável pelo seu comportamento agressivo, imprudente e ameaçador", declarou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Morgan Ortagus.

Na mesma altura, Riade divulgou resultados de um inquérito aos ataques e garantiu que o bombardeamento com 'drones' (veículos não tripulados) foi "incontestavelmente patrocinado pelo Irão".

Hoje, já em Abu Dhabi, nos Emiratos Árabes Unidos (EAU), Pompeo vai analisar com as autoridades locais uma possível resposta aos ataques às instalações da Aramco.

Pouco antes da sua chegada, os EAU anunciaram que vão juntar-se a uma coligação militar naval organizada pelos Estados Unidos para garantir a segurança no Golfo Pérsico, "em apoio aos esforços regionais e internacionais para dissuadir as ameaças à navegação marítima e ao comércio mundial", indicou a agência noticiosa estatal local WAM.

A Arábia Saudita também anunciara, mas quarta-feira, a participação na missão, argumentando que a operação visa "proteger os interesses" dos membros da aliança, bem como os navios mercantes para passam pelos corredores marítimos da região, que abarca o Estreito de Ormuz, o Mar de Oman e o Golfo Pérsico.

A ideia da missão surgiu depois do aumento da tensão nas águas do Golfo desde maio passado, com a Operação Sentinela a entrar em vigor em fins de agosto, apenas com a participação do Reino Unido, Austrália, Bahrein, além dos Estados Unidos.

Paralelamente à visita de Pompeo à região, os países que integram a Aliança Estratégica do Médio Oriente (MESA, na sigla inglesa) -- Arábia Saudita, EAU, Qatar, Bahrein, Kuwait e Estados Unidos -- realizaram, nos últimos dois dias, em Washington, várias reuniões de trabalho.

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