Teerão diz que novas sanções dos EUA "visam deliberadamente" civis
O chefe da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif, acusou hoje os Estados Unidos de visarem "deliberadamente" a população civil ao anunciarem um reforço das sanções económicas contra o Irão.
© Reuters
Mundo Irão
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Numa mensagem publicada no Twitter, Zarif considera as novas sanções norte-americanas - Washington continua a insistir no envolvimento do Irão nos ataques contra campos petrolíferos na Arábia Saudita - constituem um ato de "terrorismo económico" e são "ilegais" e "desumanas".
Ao anunciar as novas medidas contra Teerão, o Presidente norte-americano, Donald Trump, "admite que os Estados Unidos visam deliberadamente os cidadãos civis comuns", escreveu Zarif naquela rede social.
"Parar a guerra e o terror. Segurança para todos", escreveu o chefe da diplomacia iraniana, depois de Trump ter indicado, horas antes, que ordenou um "aumento substancial" das sanções contra o Irão.
Nem Trump nem o Departamento do Tesouro precisaram ainda quais as medidas adicionais, que se juntam a uma vasta gama de sanções já imposta ao Irão desde 2018, quando os Estados Unidos se retiraram unilateralmente do acordo nuclear de 2015.
A decisão coincide com a ameaça feita hoje pelo Governo iraniano de que dará uma resposta "esmagadora" a uma eventual agressão de Washington.
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, chegou hoje à Arábia Saudita para coordenar a resposta dos Estados Unidos aos ataques de sábado contra instalações petrolíferas sauditas, em que Washington responsabiliza Teerão, que, entretanto, negou qualquer envolvimento.
A investigação ainda está em curso, mas o porta-voz do Ministério da Defesa saudita, Turki al Malki, assegurou hoje que os ataques contra a petrolífera estatal Aramco envolveram 18 "drones" (veículos não tripulados) e sete mísseis de cruzeiro iranianos.
Al Malki adiantou que o ataque estava "inquestionavelmente aprovado pelo Irão", mas escusou-se a responder a perguntas sobre se o armamento era proveniente na nação persa.
Os ataques foram reivindicados pelos rebeldes Huthís, apoiados pelo Irão, que têm atacado com frequência o território saudita como resposta à intervenção no Iémen levada a cabo por uma coligação militar liderada por Riade.
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