O grupo de relíquias, colocadas na casa de leilões francesa Millon, ficará à disposição dos licitadores na quarta-feira, em Paris, e inclui peças de pedra e de argila oriundas de diversas culturas mexicanas, como a olmeca, a teotithuacana e maia.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do México reclama a devolução de vários dos 95 artefactos e alerta para a possibilidade de outros serem falsificações.
"Vale a pena notar que um certo número de itens listados no catálogo pode ser imitação recente", disse o Governo do México, num comunicado, para justificar o seu pedido junto da Millon.
Quanto às peças genuínas, a sua eventual venda poderá "incentivar saques, tráfico ilícito e falsificações", afirma a diplomacia mexicana, acrescentando que comprá-los ou vendê-los para coleções particulares "priva peças arqueológicas da sua essência cultural, histórica e simbólica", reduzindo-as "a meros objetos decorativos".
A coleção inclui figuras de fertilidade de argila, cerâmica, joias, propriedade de um casal francês que iniciou a sua coleção na década de 60 do século passado.
O México aprovou uma lei, em 1972, que proíbe a exportação de artefactos de valor cultural e histórico.