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Ex-assessor de Trump recusou respostas em inquirição no Congresso

A primeira tentativa de inquirição no Congresso dos EUA para iniciar um eventual processo de destituição do Presidente, Donald Trump, correu mal aos Democratas, depois de um assessor da Casa Branca se ter negado a responder a perguntas.

Ex-assessor de Trump recusou respostas em inquirição no Congresso
Notícias ao Minuto

20:22 - 17/09/19 por Lusa

Mundo Trump

Corey Lewandowsky, antigo diretor de campanha de Donald Trump, recusou-se hoje a responder à maioria das perguntas colocadas na Câmara dos Representantes, provocando um forte revés na estratégia dos congressistas Democratas que pretendem averiguar se houve obstrução à justiça durante a investigação do procurador especial Robert Mueller à interferência russa nas eleições presidenciais de 2016.

Robert Mueller apresentou em abril um relatório em que concluía que houve interferência do Governo russo nas eleições de 2016, beneficiando o candidato Republicano, Donald Trump, mas sem se pronunciar sobre a possibilidade de ter havido também obstrução à justiça, por parte da Casa Branca, durante o processo dessa investigação.

Com base no relatório, a maioria Democrata na Câmara de Representantes iniciou hoje uma série de inquirições, procurando averiguar se Donald Trump ou alguém da sua equipa terá procurado obstruir a investigação de Robert Mueller, o que poderia levar a um processo de 'impeachment' do Presidente.

Na primeira inquirição, Corey Lewandowsky limitou-se a ler declarações que tinha feito para o relatório Mueller, em resposta às perguntas que lhe foram colocadas, recusando-se a ir além do que já tinha dito.

Lewandowsky, que permanece um Republicano fiel a Donald Trump e que foi uma peça central do relatório Mueller, gorou, dessa forma, a primeira tentativa dos Democratas de obter informação que implique a Casa Branca em tentativas de limitar a ação do procurador especial, na sua investigação ao caso russo.

Segundo o relatório, Trump pediu a Lewandowsky para instruir o então procurador-geral Jeff Sessions, para limitar o âmbito da investigação do procurador especial, o que poderá ser entendido como uma forma de obstrução à justiça e servir de base a um processo de destituição do Presidente.

Dois outros antigos assessores de Trump, Rick Dearborn e Rob Porter, também já informaram o Congresso de que não irão prestar declarações, respondendo a uma proibição expressa da Casa Branca, que também lhes negou a possibilidade de fornecerem qualquer documento adicional para a investigação.

A Casa Branca informou, na segunda-feira, que Dearborn e Porter, estavam "absolutamente proibidos" de testemunhar perante o Congresso.

Pat Cipollone, advogado da Casa Branca, explicou que Trump ordenou que eles não comparecessem alegando "imunidade constitucional que protege os conselheiros seniores do Presidente".

Perante estes obstáculos, a bancada Democrata divide-se entre os que consideram que ainda vale a pena continuar com a investigação conducente a um eventual processo de destituição e os que consideram que se deve parar esta inquirição, que se pode virar contra os interesses eleitorais dos Democratas, em vésperas de eleições presidenciais de 2020.

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