Entre os mortos no atentado de Cabul encontram-se "seis membros das forças de segurança", afirmou o porta-voz do Ministério do Interior afegão, Nasrat Rahimi, num comunicado.
Os talibãs também reivindicaram a autoria do ataque de hoje no norte do Afeganistão, que ocorreu durante uma ação de campanha do Presidente afegão, Ashraf Ghani.
Num comunicado, o porta-voz do grupo extremista, Zabihullah Mujahid, assumiu a responsabilidade pelos dois ataques.
O ataque contra a ação de campanha do Presidente afegão na província de Parwan deixou, segundo o grupo extremista, "28 membros das forças de segurança mortos, incluindo guardas do palácio presidencial e forças especiais".
A explosão ocorreu às 12:00 locais (08:30 em Lisboa) e a bomba estava num carro da polícia.
O porta-voz da campanha do Presidente, Hamed Aziz, disse que Ghani estava no local, mas que está seguro e saiu ileso do ataque.
O grupo justificou o ataque nas proximidades da campanha de Ghani por considerar "falsas" as eleições presidenciais agendadas para 28 de setembro e lembrou que já tinha "advertido as pessoas a não irem a esses atos eleitorais", que considerou alvos militares.
Pouco depois, ocorreu o segundo ataque em Cabul, capital do Afeganistão, contra o escritório do Ministério da Defesa, segundo o porta-voz dos talibãs, que "causou a morte de dezenas de soldados e funcionários do Ministério".
No passado mês de agosto, os talibãs ameaçaram boicotar todo o processo eleitoral com violência, a fim de impedir a sua realização, considerando que são manipulados por potências estrangeiras.
O Afeganistão tem sido palco de ataques frequentes, numa altura em que o país se prepara para as eleições presidenciais, agendadas para o final deste mês.