Madrasta de Gabriel: "Peço perdão a toda a Espanha e que Deus me perdoe"
Ana Julia Quezada poderá ser condenada à pena máxima de prisão. Julgamento vai decorrer até amanhã, 18 de setembro.
© Reprodução El Mundo
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Ana Julia Quezada, a autora confessa do homicídio do pequeno Gabriel Cruz, pediu perdão à família do menino, à sua e a toda a Espanha pelas suas ações, durante o julgamento que decorre desde o dia 9 de setembro e que terminará amanhã, dia 18.
"Bem, em primeiro lugar, quero pedir perdão aos familiares de Gabriel, a todos os familiares e a todas as pessoas a quem possa ter magoado com as minhas ações", começou por dizer a mulher de nacionalidade dominicana, de 45 anos idade, ao exercer o seu direito de uso da palavra antes da fase final do julgamento.
"Quero também pedir perdão à minha filha e a toda a minha família, e a toda a gente que possa ter ficado mal com o que fiz. Em geral, a toda a Espanha e espero que Deus me perdoe", terminou, citada pelo El Mundo.
As audições estão a decorrer num um tribunal de júri composto por nove pessoas. A sessão desta terça-feira, a oitava de um total de nove, terminará com as declarações da acusada, que mantém como defesa a tese de homicídio involuntário.
Ana Julia Quezada poderá ser a primeira mulher em Espanha a receber a pena máxima: prisão perpétua com revisão pelo crime de homicídio. O Ministério Público, porém, pede mais dez anos de pena acessória devido aos danos psicológicos causados aos pais de Gabriel.
Gabriel Cruz, recorde-se, desapareceu no dia 27 de fevereiro de 2018, em Almería, e foi encontrado no dia 11 de março do mesmo ano na bagageira do carro de Ana Julia, namorada do pai do menino. A mulher confessou o crime e revelou que matou a criança depois de uma discussão entre ambos.
A morte de Gabriel causou comoção em Espanha, em particular em Almería, que decretou três dias de luto, e foi condenada pelo rei Filipe VI.
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