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Erdogan, Putin e Rohani terminam cimeira com divergências sobre Idlib

A quinta cimeira trilateral sobre a Síria, que hoje decorreu em Ancara terminou sem resolver as divergências entre os três líderes presentes, o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan e os seus homólogos da Rússia, Vladimir Putin, e do Irão, Hassan Rohani.

Erdogan, Putin e Rohani terminam cimeira com divergências sobre Idlib
Notícias ao Minuto

20:32 - 16/09/19 por Lusa

Mundo Síria

Em declarações à cadeia televisiva CNNTurk após o final do encontro, Erdogan sublinhou que foi particularmente abordada a situação na região síria de Idlib, o último reduto das milícias e grupos 'jihadistas' que combatem o regime do Presidente sírio Bashar al-Assad.

O chefe de Estado turco lamentou as cerca de 1.000 vítimas civis nos ataques do regime desde abril e anunciou que "foi acordada a necessidade de medidas concertas para proteger os civis".

No entanto, Putin optou por assinalar que o acordo negociado em 2018 sobre a desmilitarização da zona "não inclui os grupos terroristas".

"A região está controlada por grupos com ligações à Al-Qaida. Não podemos ficar imóveis perante isto. Continuaremos a apoiar o exército sírio na sua luta contra os terroristas", sublinhou Putin.

Rohani manifestou idêntica posição, ao assinalar que "infelizmente há terroristas em Idlib e nos últimos meses ganharam força".

"O povo sírio está oprimido por terroristas desde há nove anos. Sabemos qual o país que os apoia e lhes fornece armamento. Devemos lutar contra os terroristas em Idlib e ajudar o Governo sírio", conclui o Presidente iraniano.

Erdogan dedicou a maioria da sua intervenção à proposta de criar uma "zona de segurança" no nordeste da Síria, atualmente controlada pelas milícias curdo-sírias do YPG, para que sejam instalados nessa região parte dos 3,6 milhões de refugiados sírios atualmente residentes na Turquia.

"Pensamos que pelo menos dois milhões de sírios no nosso país podem instalar-se no 'corredor da paz' que estabelecemos ao longo da fronteira", disse Erdogan.

A reunião de hoje foi a quinta cimeira trilateral entre os três líderes desde o primeiro encontro, no outono de 2017, em Astana, capital do Cazaquistão, para negociar uma solução ao conflito sírio.

Moscovo e Teerão apoiam o Governo de Al-Assad, enquanto Ancara tem fornecido ajuda às milícias que se rebelaram contra o regime de Damasco.

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