Juncker e Johnson encontram-se pela primeira vez na segunda-feira
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, vão encontrar-se na segunda-feira, no Luxemburgo, para um almoço de trabalho, foi hoje anunciado.
© Reuters
Mundo Brexit
O almoço de trabalho de segunda-feira, anunciado hoje pela porta-voz do executivo comunitário Natasha Bertaud, será o primeiro encontro entre Juncker e Johnson desde que o britânico assumiu a liderança do Governo britânico, em julho.
A reunião, da qual não foram avançados mais detalhes, acontece a um mês e meio da data agendada para a saída do Reino Unido da União Europeia e num momento em que as negociações entre Bruxelas e Londres estão num impasse.
Na quinta-feira, o negociador-chefe comunitário, Michel Barnier, admitiu, diante da Conferência de Presidentes do Parlamento Europeu, não ter "razões para estar otimista" sobre a perspetiva de um acordo com o Reino Unido ser alcançado até meados de outubro.
Bruxelas tem-se mostrado aberta a debater qualquer proposta apresentada por Londres, desde que esta respeite as diretrizes negociadores da União Europeia e seja "legal e viável", incluindo eventuais novas soluções para o mecanismo de salvaguarda, comummente conhecido por 'backstop', desenhado para evitar o regresso de uma fronteira física na ilha da Irlanda.
Contudo, Barnier transmitiu à Conferência de Presidentes da assembleia europeia que, até este momento, o Governo britânico não apresentou qualquer nova proposta.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tem-se manifestado convicto de que é possível conseguir alterações ao Acordo de Saída firmado em novembro por Bruxelas e a sua antecessora, Theresa May, nomeadamente substituir o 'backstop', e obter um acordo até ao Conselho Europeu de 17 e 18 de outubro.
"Estou com muitas esperanças de que vamos conseguir um acordo nessa cimeira crucial. Estamos a trabalhar muito", garantiu na manhã de quinta-feira.
Se não conseguir um acordo até 19 de outubro, nem conseguir autorização do parlamento para uma saída sem acordo, terá de cumprir a lei promulgada na segunda-feira que obriga o governo a pedir um adiamento da saída por três meses, até 31 de janeiro.
Os restantes 27 Estados membros da UE têm depois de concordar unanimemente com uma extensão do processo.
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