Zine El Abidine Ben Ali está exilado na Arábia Saudita desde a sua destituição em 2011.
Na quinta-feira o seu advogado Mounir Ben Salha disse a uma rádio que o ex-presidente, de 83 anos, estava "muito doente", depois de anos com um cancro da próstata.
"Darei o meu sinal verde para o seu regresso. É um caso humanitário. Se ele está doente, como dizem os rumores, ele pode regressar ao seu país como qualquer tunisino", declarou Chaded ainda na quinta-feira, questionado pela cadeia Hannibal TV.
"Se ele quiser voltar para ser enterrado aqui, dou sinal verde", repetiu o chefe de governo, que é candidato às presidenciais marcadas para domingo.
Zine El Abidine Ben Ali liderou a Tunísia com "mão de ferro" durante 23 anos até ser afastado do poder pela revolta popular que lançou uma transição democrática no país e constituiu o início do movimento das Primaveras Árabes na região.
Fugiu a 14 de janeiro de 2011 para a Arábia Saudita, onde vive desde então com a sua família.
Em 2018, após julgamentos à revelia por homicídios, peculato e abuso de poder, Ben Ali foi condenado a várias penas de prisão, incluindo perpétua.
Sete milhões de tunisinos são chamados às urnas no domingo para a segunda eleição presidencial livre da sua história, sendo inconclusivas as projeções sobre quem será o futuro chefe de Estado.