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A luta independentista saiu à rua em Barcelona mas está a perder força

Cerca de 600 mil pessoas celebraram o La Diada, o Dia da Catalunha, e voltaram a apelar à independência catalã. Foi uma das marchas com menor participação. Houve alguns confrontos entre manifestantes e a polícia.

Notícias ao Minuto

08:45 - 12/09/19 por Fábio Nunes

Mundo Catalunha

O dia 11 de Setembro marca a a queda de Barcelona para as forças espanholas em 1714. Conhecido como o La Diada, o Dia da Catalunha, é marcado por uma marcha em Barcelona desde 2012 que serve para comemorar a data. Desde essa altura é um momento para apoiar a pretensão independentista catalã.

Este ano cerca de 600 mil pessoas saíram à rua, muitas delas com a la senyera ou a l’estelada na mão (as duas bandeiras da Catalunha) e com t-shirts com as suas cores. A moldura humana foi impressionante, mas os números demonstram que esta foi uma das mais baixas participações em oito anos.

Como comparação, no ano passado quase um milhão de pessoas participou na marcha da La Diada. Um sinal de que o movimento independentista está a perder força. As sondagens mais recentes são sintomáticas da divisão entre os catalães. Os 7,5 milhões de habitantes da Catalunha estão equitativamente divididos entre os que desejam a independência e os que querem que a região continue a fazer parte de Espanha.

Além de continuarem a gritar pela independência da região, os manifestantes voltaram a apelar à libertação dos separatistas catalães detidos na sequência do referendo de 2017.

As duas principais faces da disputa Catalunha/Espanha também fizeram questão de assinalar o dia. A partir de Bruxelas, Carles Puigdemont, o antigo líder da Generalitat catalã, agradeceu aos organizadores da marcha por uma “proeza contra todos”.

Já o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez fez um apelo à união de “todos os catalães e catalãs” e a um “caminho de diálogo de acordo com a constituição”.

Mas a manifestação desta quarta-feira terminou com alguns confrontos entre os protestantes e os mossos d'esquadra em frente ao parlamento catalão. Foram queimadas bandeiras espanholas e derrubadas as barreiras colocadas entre os manifestantes e o edifício. 

A divisão na Catalunha e em Espanha sobrepõe-se ainda à união. 

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