Governo do Sudão e grupos armados assinam acordo de princípios para a paz
O novo Governo do Sudão e representantes dos grupos armados assinaram hoje um acordo de princípios, comprometendo-se a iniciar um diálogo para a paz no dia 14 de outubro, numa iniciativa que ocorreu em Juba.
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Mundo Sudão
Este acordo é considerado um passo fundamental na fase de transição de três anos, após a queda de Omar al-Bashir da presidência.
O texto foi assinado hoje pelas partes no Palácio Presidencial da capital do Sudão do Sul e estipula "o início das negociações, sob a supervisão do Sudão do Sul, em 14 de outubro e que a sede das negociações seja a cidade de Juba".
O documento foi assinado por Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como Hemedti, em representação do Conselho Soberano do Sudão, e Abdelaziz Adam al Helu, líder do Movimento Popular de Libertação do Sudão/Setor Norte (MPLS-N), com a intermediação de Salva Kiir, presidente do Sudão do Sul.
Da mesma forma, sete líderes dos grupos que compõem a Frente Revolucionária assinaram o pacto, que inclui movimentos armados das regiões sudanesas de Darfur, Kordofan do Sul e Nilo Azul.
Após três dias de negociações, Kiir disse que espera que todas as partes respeitem o que foi alcançado e que isso significará o fim da guerra no Sudão e o início do processo de paz.
"Agradeço aos nossos irmãos da luta armada pela sua seriedade e sinceridade para alcançar a paz e informamos, a eles e ao povo sudanês, que o tempo de guerra e injustiça acabou", disse Mohamed Hamdan Dagalo.
O Sudão conta com um Conselho Soberano na sequência da assinatura em 17 de agosto de um acordo histórico entre o conselho militar de transição, que sucedeu a Bashir, e os líderes dos protestos.
O Conselho Soberano integra cinco militares e cinco civis, além de um 11.º membro eleito pelos restantes.
Segundo o acordado entre os militares e a oposição, o país terá também um Conselho de Ministros e um Conselho Legislativo transitórios até à realização de eleições democráticas.
O acordo estabelece as grandes linhas do período de transição, que deve durar um pouco mais de três anos.
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