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Kosovo ausente de cimeira depois de declarações do Presidente checo

O Kosovo rejeitou participar numa cimeira regional que se realiza esta quinta-feira em Praga, informaram hoje responsáveis checos, após as declarações do Presidente da República Checa que classificou os líderes da antiga província sérvia de "criminosos de guerra".

Kosovo ausente de cimeira depois de declarações do Presidente checo
Notícias ao Minuto

18:39 - 11/09/19 por Lusa

Mundo Kosovo

"O Kosovo enviou hoje uma nota a pedir desculpa pela sua ausência", revelou Jana Adamcova, porta-voz do Governo checo.

A cimeira de quinta-feira visa fortalecer os laços entre os quatro países do Grupo de Visegrado (República Checa, Hungria, Polónia e Eslováquia) e a Albânia, Bósnia e Herzegovina, Montenegro, Macedónia do Norte e Sérvia, todos à procura de laços mais estreitos com a União Europeia.

Na terça-feira, o presidente checo, Milos Zeman, disse que gostava da Sérvia, mas não do Kosovo, e hoje admitiu perguntar ao governo "se é possível rever o reconhecimento do Kosovo" pela República Checa, de acordo com um mensagem publicada numa rede social do seu porta-voz, Jiri Ovcacek.

No decurso de uma conferência conjunta com o seu homólogo sérvio Aleksandar Vucic, o Presidente checo esclareceu que não pode revogar o reconhecimento por Praga da independência do Kosovo, mas que pretende colocar a questão.

"Um estado governado por criminosos de guerra não tem lugar numa comunidade de países democráticos", acrescentou Zeman, conhecido pela sua simpatia pela Rússia e China.

O ex-primeiro ministro do Kosovo Ramush Haradinaj, ex-comandante dos rebeldes de origem albanesa que lutaram contra a Sérvia no final dos anos 90, demitiu-se em julho para comparecer perante um tribunal especial em Haia, que investiga os crimes de guerra da época.

O ministro das Relações Exteriores da República Checa, Tomas Petricek, indicou hoje que Praga não tem nenhum interesse em mudar a sua decisão de 2008 de reconhecer o Kosovo como um país independente.

"Nós reconhecemos o Kosovo 'de jure' ('pela lei') em 2008 e é do interesse da nossa segurança e da transparência da nossa política externa não mudar isso", sublinhou o responsável à agência de notícias francesa France Presse.

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