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Planos de anexação de Israel comprometem paz na região, diz UE

A União Europeia (UE) alertou hoje que a promessa feita pelo primeiro-ministro israelita de anexar uma parte estratégica da Cisjordânia ocupada "põe em causa as perspetivas de uma paz durável" na região.

Planos de anexação de Israel comprometem paz na região, diz UE
Notícias ao Minuto

11:21 - 11/09/19 por Lusa

Mundo Médio Oriente

"A política de construção e expansão de colonatos, incluindo em Jerusalém Oriental, é ilegal à luz do direito internacional e as medidas tomadas neste contexto comprometem a viabilidade da solução que prevê dois Estados e as perspetivas de uma paz durável", disse à AFP um porta-voz da União Europeia (UE).

Netanyahu prometeu na terça-feira anexar uma parte da Cisjordânia ocupada se for reeleito nas legislativas de 17 de setembro, depois de nas eleições de abril ter prometido anexar alguns colonatos.

"Anuncio a minha intenção de aplicar, num futuro governo, a soberania de Israel sobre o vale do Jordão e a parte norte do mar Morto", declarou Netanyahu durante uma conferência de imprensa em Ramat Gan, perto de Telavive.

O vale do Jordão representa cerca de 30% da Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967.

O anúncio de Netanyahu ocorre a exatamente uma semana da votação num escrutínio que se prevê muito disputado.

Segundo as sondagens, Netanyahu, que faz campanha à direita e tenta atrair os colonos favoráveis à anexação da Cisjordânia, está praticamente lado a lado com o seu rival do partido centrista Azul e Branco, o antigo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Benny Gantz.

O chefe do governo israelita disse que o plano de paz com os palestinianos preparado pelos Estados Unidos será apresentado dias depois da votação e pediu ao eleitorado israelita o seu apoio para liderar negociações onde procurará anexar colonatos na Cisjordânia ocupada.

Este plano será "uma oportunidade histórica e única para aplicar a nossa soberania aos nossos colonatos na Judeia e Samaria (como Israel designa a Cisjordânia) e em outros lugares essenciais para a nossa segurança, o nosso património e o nosso futuro", adiantou Netanyahu diante de bandeiras israelitas.

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