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Adepta julgada por tentar entrar num estádio imola-se pelo fogo

Uma adepta iraniana de futebol morreu após incendiar-se diante de um tribunal por saber que poderia cumprir uma pena de seis meses de prisão por tentar entrar num estádio, informou hoje uma agência de notícias semioficial Shafaghna.

Adepta julgada por tentar entrar num estádio imola-se pelo fogo
Notícias ao Minuto

14:54 - 10/09/19 por Lusa

Mundo Sahar Khodayari

A morte trágica chamou imediatamente a atenção de algumas estrelas do futebol e figuras conhecidas no Irão, onde as mulheres são proibidas de entrar em estádios de futebol, embora sejam autorizadas a assistir a outros desportos, como no voleibol.

Sahar Khodayari morreu num hospital de Teerão na segunda-feira, segundo a agência de notícias Shafaghna.

A jovem de 30 anos era conhecida como a "garota azul" pelos meios de comunicação, por usar as cores do seu clube de futebol iraniano favorito, o Esteghlal.

Sahar Khodayari incendiou-se na semana passada, depois de saber que poderia ir para a prisão por tentar entrar num estádio, em março, para assistir a uma partida do Esteghlal.

A jovem fingiu ser um homem e usava uma peruca azul e um longo casaco quando a polícia a deteve.

A iraniana, que se formou em ciências da computação, passou três noites na prisão antes de ser libertada. Até ao momento, não foi proferido o veredicto do seu caso.

Esteghlal emitiu um comunicado, enviando as condolências à família de Sahar Khodayari.

O ex-central do Bayern de Munique Ali Karimi - que disputou 127 partidas pelo Irão e foi um defensor do fim da proibição de mulheres nos estádios - pediu aos iranianos, numa mensagem no Twitter, que boicotem estádios de futebol para protestar contra a morte da jovem.

O jogador de futebol irano-arménio Andranik 'Ando' Teymourian, o primeiro cristão a ser o capitão da seleção nacional do Irão e também jogador do Esteghlal, disse numa mensagem no Twitter que um dos principais estádios de futebol de Teerão terá o nome de Khodayari "no futuro".

O ministro da Tecnologia da Informação e Comunicação, Mohammad Javad Azari Jahromi, descreveu a morte como um "incidente amargo".

A parlamentar Parvaneh Salahshouri, que chamou Sahar Khodayari de "jovem do Irão", publicou uma mensagem no Twitter a dizer: "Somos todos responsáveis".

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