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Von der Leyen reforça papel de vice-presidentes em executivo equilibrado

A presidente eleita da Comissão Europeia apresentou hoje um colégio de comissários "flexível", "moderno" e equilibrado" no género e na representatividade geográfica, que conjuga "diversidade" e "experiência" e no qual os três vice-presidentes executivos desempenharão uma dupla função.

Von der Leyen reforça papel de vice-presidentes em executivo equilibrado
Notícias ao Minuto

14:23 - 10/09/19 por Lusa

Mundo Comissão Europeia

Na conferência de imprensa na sede da Comissão Europeia, em Bruxelas, na qual apresentou, um a um, os seus 26 comissários e respetivas pastas, Ursula Von der Leyen elogiou a sua equipa, considerando-a "equilibrada" e agregadora de "diversidade, experiência e competência", antes de anunciar aquela que será a grande novidade do seu mandato: a dupla função que atribuiu aos vice-presidentes executivos, o holandês Frans Timmermans, a dinamarquesa Margrethe Vestager e o letão Valdis Dombrovskis.

"Temos uma estrutura que se baseia nas tarefas, não nas hierarquias. Temos de ser capazes de apresentar resultados concretos nos temas que mais importam. É por isso que dei aos meus presidentes executivos uma dupla função. Serão simultaneamente vice-presidentes e comissários", indicou.

A Timmermans, primeiro vice-presidente do executivo cessante, coube a pasta do Pacto Ecológico para a Europa -- Ursula Von der Leyen comprometeu-se a apresentar este "Acordo Verde" nos primeiros 100 dias do seu mandato -- e a gestão da política em matéria de alterações climáticas, sendo ainda, na prática, o 'número dois' da política alemã: o holandês, que foi o candidato principal dos Socialistas & Democratas à presidência da Comissão Europeia, presidirá às reuniões do colégio na ausência da presidente.

Vestager manterá a tutela da Concorrência, acumulando-a com a vice-presidência para a Era Digital, enquanto Valdis Dombrovskis, atual vice-presidente responsável pelo Euro, coordenará os trabalhos para assegurar uma Economia ao serviço das pessoas e será o comissário responsável pelos serviços financeiros.

A primeira mulher a presidir à Comissão Europeia responsabilizou os seus vice-presidentes -- além dos três executivos, o seu executivo terá outros cinco vice-presidentes -- pelo cumprimento das "orientações políticas" do seu mandato, nomeadamente o combate às alterações climáticas, a transição para o digital, ou a maior proximidade dos cidadãos.

"Esta Comissão será uma comissão geopolítica. Quero que a União Europeia (UE) seja guardiã do multilateralismo", evidenciou ainda, num discurso que revisitou muitos dos compromissos assumidos diante do Parlamento Europeu em julho último, e em que apontou ainda a imigração "ordenada e regular" como um do seus objetivos para os próximos anos.

A política alemã revelou a ambição de ver a sua Comissão ser liderada "com determinação", de modo a "providenciar respostas" aos anseios dos cidadãos.

"Quero que esta Comissão seja flexível, moderna. Quero presidir um colégio comprometido, que entenda a Europa e que ouça os cidadãos. É por isso que espero que todos os comissários visitem cada Estado membro na primeira metade do nosso mandato. Não devemos apenas conhecer as capitais mas as regiões onde as pessoas vivem", completou.

Von der Leyen 'esquivou-se' a perguntas mais incómodas, designadamente as referentes à investigação em curso do Serviço Europeu de Luta Antifraude (OLAF) ao polaco Janusz Wojciechowski, por alegadas irregularidades no reembolso de despesas de viagens, evocando a presunção de inocência, e às possíveis dificuldades que alguns dos seus comissários poderão enfrentar nas audições no Parlamento Europeu.

"Sei que é um processo muito importante, o das audições. Cada comissário, cada vice-presidente terá de convencer o Parlamento", limitou-se a dizer.

No final do mês de setembro, início de outubro, deverão ter início as audições dos comissários designados perante as respetivas comissões do Parlamento Europeu, que se pronunciará sobre o colégio como um todo em 22 de outubro.

O novo colégio deverá depois ser formalmente aprovado pelo Conselho da União Europeia, para entrar em funções em 1 de novembro.

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