Numa nota emitida pelo seu porta-voz, segundo o ONU News, órgão informativo das Nações Unidas, António Guterres pediu a todos os líderes políticos para que rejeitem de forma "clara e aberta" o uso da violência.

Guterres salientou ainda que já tomou conhecimento da "condenação inequívoca" à violência do Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, que apelou ao reforço da responsabilidade, de acordo com os valores democráticos consagrados na Constituição da África do Sul.

Pelo menos sete pessoas morreram e dezenas foram presas, na sequência dos distúrbios em Joanesburgo, desde domingo.

A polícia disparou gás lacrimogéneo, balas de borracha e granadas de choque na tentativa de reprimir a revolta.

Na terça-feira, no município de Alexandra, foram incendiados e saqueados estabelecimentos comerciais e viaturas.

O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, também condenou na terça-feira os ataques contra cidadãos estrangeiros na África do Sul, pedindo proteção para potenciais vítimas e suas propriedades no país.

Num comunicado divulgado na página da União Africana, o dirigente "solicita novas medidas imediatas para proteger as vidas das pessoas e as suas propriedades, assegurar que todos os perpetradores são responsabilizados pelos seus atos e que a justiça seja feita para aqueles que sofreram perdas".

O líder da União Africana já reiterou o compromisso daquela organização em apoiar o Governo sul-africano numa resposta às causas que sustentam estes "atos lamentáveis, de modo a promover paz e estabilidade", de acordo com os princípios do bloco continental.

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, condenou no mesmo dia a violência no país dirigida essencialmente a imigrantes.

"Condeno a violência que se tem espalhado por várias das nossas províncias nos mais vigorosos termos" disse Ramaphosa, num vídeo partilhado na plataforma Twitter.

"Os ataques contra comerciantes estrangeiros são totalmente inaceitáveis, tal coisa não pode ser permitida na África do Sul", acrescentou o chefe de Estado.

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