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Trump diz que "tudo é possível" sobre encontro com Rohani na ONU

O Presidente norte-americano, Donald Trump, admitiu hoje encontrar-se com o seu homólogo iraniano, Hassan Rohani, à margem da Assembleia-Geral da ONU no final de setembro, sublinhando que não foi tomada qualquer decisão.

Trump diz que "tudo é possível" sobre encontro com Rohani na ONU
Notícias ao Minuto

20:03 - 04/09/19 por Lusa

Mundo Estados Unidos

"Claro, tudo é possível", respondeu Trump quando questionado na Sala Oval, na Casa Branca, em Washington, sobre um eventual face a face com Rohani.

Saudando os esforços do seu homólogo francês, Emmanuel Macron, para mediar um tal encontro, Donald Trump assinalou que os Estados Unidos não "precisam de ninguém" para negociar.

O Presidente norte-americano já tinha admitido a possibilidade de um encontro com o seu homólogo iraniano e declarou-se aberto a negociar com a República Islâmica na reunião do G7 em Biarritz, no final de agosto, que teve como anfitrião Emmanuel Macron.

Mas na terça-feira Washington impôs pela primeira vez sanções à agência espacial do Irão, acusando-a de desenvolver mísseis balísticos sob a cobertura de um programa civil para lançar satélites em órbita, mais um passo na campanha da administração Trump de medidas económicas e diplomáticas contra Teerão desde que o ano passado os EUA se retiraram unilateralmente do acordo nuclear de 2015.

O pacto foi assinado entre o Irão e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China), mais a Alemanha, e previa o levantamento de sanções internacionais em troca de limitações e maior vigilância do programa nuclear iraniano.

Um ano após o anúncio da decisão norte-americana de abandonar o acordo, o Irão declarou que não se sentia obrigado a continuar a respeitar alguns dos seus compromissos no pacto enquanto os restantes signatários não conseguissem ajudá-lo a contornar as sanções dos Estados Unidos.

Também na terça-feira, Rohani rejeitou manter negociações bilaterais com os Estados Unidos e disse que, caso Washington levante as sanções, apenas aceita um diálogo multilateral com os países que assinaram o acordo nuclear com Teerão em 2015.

Hoje, a República Islâmica ameaçou reduzir os seus compromissos nucleares, enquanto os Estados Unidos excluíram abrandar a pressão sobre Teerão, tornando mais difícil a mediação francesa para um diálogo.

Paris tenta oferecer ao Irão uma linha de crédito que lhe permita algum fôlego financeiro que o acordo de 2015 lhe deveria dar, mas que as sanções norte-americanas lhe retiraram. Para facilitar a concessão da linha de crédito, algumas sanções teriam de ser revogadas ou suspensas.

"Não pretendemos conceder exceções ou derrogações", insistiu hoje o emissário norte-americano para o Irão, Brian Hook.

Neste momento, "os Estados Unidos intensificam a sua campanha de pressão máxima", adiantou, anunciando novas sanções contra uma "rede" de transporte marítimo acusada de vender ilegalmente petróleo iraniano ao regime sírio de Bashar al-Assad em benefício dos Guardiões da Revolução, o corpo de elite das forças armadas iranianas, e do movimento xiita libanês Hezbollah.

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