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Líbia. Enviado da ONU apela a um entendimento no Conselho de Segurança

O enviado da ONU para a Líbia, Ghassan Salamé, apelou hoje ao Conselho de Segurança para um entendimento que ponha fim ao conflito no país, para evitar o seu prolongamento indefinido ou a intensificação do apoio aos beligerantes.

Líbia. Enviado da ONU apela a um entendimento no Conselho de Segurança
Notícias ao Minuto

17:50 - 04/09/19 por Lusa

Mundo Líbia

"Numerosos líbios sentem-se abandonados por uma parte da comunidade internacional e explorados por outros", referiu Ghassan Salamé no decurso de uma ligação por vídeo com o Conselho de Segurança.

"Sem um apoio inequívoco deste Conselho e da comunidade internacional no seu conjunto, podem surgir dois cenários muito desagradáveis", advertiu. Por um lado, "o prosseguimento de um conflito persistente e de fraca intensidade", e por outro "a intensificação dos apoios militares" a uma e outra parte que "conduzirão para o caos o conjunto da região".

"A ideia de fornecer uma hipótese à guerra, de que é possível uma solução militar, representa uma quimera", acrescentou o emissário que tem vindo a lamentar a ausência de unidade do Conselho e os apoios de alguns dos seus membros às partes em conflito.

Desde abril, as tropas do homem forte do leste do país, Khalifa Haftar, que procuram conquistar Tripoli, estão em guerra com as forças do governo de Fayez al-Sarraj, reconhecido pela comunidade internacional.

Fayez al-Sarraj é apoiado pela Turquia e o Qatar, enquanto Khalifa Haftar beneficia de apoio a diversos níveis do Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Rússia ou França.

De acordo com as Nações Unidas, mais de 100 civis foram mortos, 300 feridos e 120.000 forçados a deixar as suas casas nos últimos cinco meses, na sequência da ofensiva de Haftar em direção a Tripoli. Calcula-se ainda em mais de 1.000 o número de combatentes mortos desde abril.

"Uma nova geração de jovens líbios está a deixar o seu sangue no campo de batalha quando as suas capacidades poderiam ser usadas para reconstruir o país", lamentou Ghassan Salame.

No decurso da discussão no Conselho de Segurança, numerosos países -- Kuwait, África do Sul, Indonésia, Alemanha -- denunciaram as ingerências na Líbia e as múltiplas violações nos últimos cinco meses do embargo às armas imposto ao país em 2011.

Diversas grandes potências (Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido) não usaram da palavra e reservaram as suas intervenções para uma reunião do Conselho à porta fechada e que decorrerá após a sessão pública.

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